60 milhões da reprogramação do QREN vão ficar na região Centro

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Foto Luís Carregã

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) afirmou hoje que os 60 milhões de euros que cabe aos municípios do centro disponibilizar na reprogramação do QREN, serão investidos em programas governamentais na região.

“Este é dinheiro da região, tem de ser utilizado na região e tem de ser gasto. Não fazia nenhum sentido manter projetos que não têm viabilidade e, depois, no final do programa devolver o dinheiro a Bruxelas”, disse à agência Lusa Norberto Pires.

Garantiu que as verbas libertadas desses projetos “são para investir na região [Centro] nos novos programas” governamentais de apoio ao emprego, inovação e empreendedorismo.

O trabalho “técnico” da Comissão de Coordenação, explicou, passou por reuniões com “todos” os 100 presidentes de autarquias da região centro “câmara a câmara, projeto a projeto”, para verificar quais os apoiados pelo Quadro Estratégico de Referência Nacional “que podem ou não” ser feitos.

“Todos os projetos das Câmaras foram analisados um a um com o respetivo presidente de Câmara. O que foi conseguido foi conseguido olhos nos olhos” com a “concordância” daqueles, frisou.

Para além da reprogramação de investimentos e perante situação de “emergência e exigência nacional”, deixou também de ser possível “aprovar mais candidaturas, no futuro, dentro do QREN”, frisou.

“Muitas câmaras percebem que há coisas que não conseguem fazer, outras temos de as ajudar a chegar a essa conclusão”, referiu, destacando o trabalho “positivo” de “diálogo” com “todos” os autarcas, realizado “com tranquilidade”.

O presidente da CCRDC disse ainda não ter visto “reações negativas” por parte dos autarcas, embora tenha assumido que existe “algum desalento”.

“Um desalento que acaba por ser de todos nós porque ninguém queria estar nesta situação. Mas todos saíram [das reuniões] com espírito de colaboração”, garantiu.

O relatório, avançou, foi hoje entregue ao Ministério da Economia, mas Noberto Pires escusou-se a revelar quais os projetos que foram suspensos ou abandonados ou se o objetivo dos 60 milhões de euros foi alcançado.

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