Subempreiteiros em dificuldades devido à paragem das obras do novo hospital da Guarda

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Dezena e meia de subempreiteiros envolvidos nas obras do hospital da Guarda concentraram-se hoje junto daquela unidade e reuniram com a administração, a quem transmitiram as dificuldades causadas pela paragem das obras por dívida ao consórcio construtor.

Os trabalhos de construção do novo pavilhão do Hospital Sousa Martins (HSM) estão suspensos desde 09 de abril, devido a uma alegada dívida de oito milhões de euros ao consórcio ACE Construtor.

Hoje, cerca de dezena e meia de empresários que participaram na obra, alertaram que vivem dificuldades financeiras por não receberem dinheiro do consórcio e deram conta da preocupação à administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, responsável pelo projeto.

Segundo o porta-voz dos empresários, Francisco Carvalho, só as várias empresas da região envolvidas no processo reclamam uma dívida de 1,7 milhões de euros.

Adiantou que a situação é “insustentável” para os empresários que temem o fecho de portas e o despedimento de funcionários.

 

“Temos de fazer qualquer coisa para salvaguardar as empresas, salvaguardar os postos de trabalho e o dinheiro para os trabalhadores”, afirmou.

A firma Norintelnor, de José Ramos, também da Guarda, com 18 funcionários, que instalou equipamentos de climatização, reclama uma dívida de 900 mil euros.

“Já tenho muitos fornecedores que estão a pedir, com advogados, a dívida que tenho para com eles”, disse.

Outro empresário, José Gomes, da Maquireta, de Viseu, com 30 operários, tem para receber “cerca de 300 mil euros” de trabalhos relacionados com arranjos exteriores.

“O que está em causa é mandá-los todos para casa”, vaticinou em relação ao futuro dos seus trabalhadores.

A José Amado, da firma Gotinhas Quentes (Guarda), que realizou trabalhos de canalização, são devidos 30 mil euros.

“Se não receber a curto prazo, tenho de abrir falência e mandar os dois empregados para casa”, afirmou à agência Lusa.

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