Cerca de duas centenas e meia de cidadãos e autarcas dos concelhos de Miranda do Corvo, Coimbra, Lousã e Góis manifestam-se esta quarta-feira, à tarde, em Lisboa, a favor da continuidade das obras no ramal ferroviário da Lousã.
Segundo o porta-voz do movimento cívico daqueles municípios, Jaime Ramos, trata-se de um protesto que visa a “preservação da dignidade da classe política”, que tem prometido a continuidade das obras, no âmbito do projeto Metro Mondego.
“Estamos perante uma obra lançada pelo Governo do PS e que o atual executivo (PSD/CDS-PP) garantiu que era para continuar”, disse o antigo governador civil de Coimbra, recordando que em 2011 os partidos votaram, por unanimidade, uma resolução a defender a continuidade dos trabalhos.
Jaime Ramos frisou que, “se dois Governos e os partidos políticos se comprometeram com as obras, é fundamental que todas estas entidades cumpram as suas promessas, para que a classe política possa ser encarada com dignidade”.
Neste momento, estão concluídas parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do projeto, que representam um investimento de 130 milhões de euros, incluído num montante global de 447 milhões.
Falta avançar com as obras até Coimbra B e com os trabalhos de colocação de plataformas na via, dos carris, bem como de toda a catenária (sistema de alimentação elétrica), que foram suprimidos pelo anterior Governo às duas empreitadas parcialmente concluídas, no final de 2010.
O porta-voz do movimento cívico adiantou ainda à agência Lusa que os presidentes das Câmaras de Miranda do Corvo, Coimbra, Lousã e Góis participam na manifestação, marcada para as 14H00 em frente ao Ministério da Economia.