O que acontece aos sobreviventes de cancro

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Foto Luís Carregã

 

Um sobrevivente a longo prazo de cancro é um indivíduo que após cinco anos de deteção de um cancro, não havendo doença evolutiva, deixa de ser considerado doente através da avaliação de uma junta médica. O que lhe acontece a partir de então?

O que acontece, na prática, a um indivíduo que, após cinco anos de deteção de um cancro, não havendo doença evolutiva, deixa de ser considerado doente e passa a ser um sobrevivente? Que tipo de apoio e acompanhamento deve ser prestado a essas pessoas? O que as preocupa? De que forma o sobrevivente volta ao quotidiano e ao trabalho?

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) promove na próxima segunda-feira, 28 de maio, na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, a primeira “Conferência sobre sobreviventes de cancro”, reunindo juristas, médicos, economistas e sociólogos para um debate esclarecedor sobre o tema. A sessão inaugural conta, entre outros, com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e da ministra da Justiça, Paula Teixeira Cruz. A participação é livre, mas requer inscrição prévia.

Com a “Conferência sobre sobreviventes de cancro”, a LPCC avalia o que acontece às pessoas que “perdem” os apoios legais que tiveram durante o tempo de doença, antecipando uma problemática social. As previsões apontam para, em 2030, um aumento de cerca 25% da incidência global do cancro e, simultaneamente, uma diminuição dos números de mortalidade, o que faz aumentar o número de sobreviventes. “Há cada vez mais casos, é portanto essencial que sejam debatidos os aspetos sociais, médicos e psicológicos na vida dos sobreviventes de cancro em Portugal e que as pessoas sejam sensibilizadas para esta realidade”, defende Carlos Oliveira, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Abordagem multidisciplinar feita por um conjunto de especialistas convidados

A “Conferência sobre sobreviventes de cancro” discute as condições de acesso aos cuidados de saúde dos sobreviventes, o papel das juntas médicas nas declarações de incapacidades, a fertilidade, as relações laborais e o relacionamento com a banca e com os seguros.

José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, Guilherme Oliveira, diretor do Centro de Direito Biomédico, Artur Santos Silva, presidente do Conselho de Administração do BPI, bem como diferentes responsáveis dos Núcleos Regionais da Liga Portuguesa Contra o Cancro intervêm na segunda-feira, entre outros. Será também dada voz a uma sobrevivente que recebeu o prémio “Heroes of Hope, profiles of courage”. A sessão inaugural, marcada para as 09H00, conta com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e da ministra da Justiça, Paula Teixeira Cruz.

As pessoas interessadas em participar na conferência podem inscrever-se através do site da Liga Portuguesa contra o Cancro em http://ligacontracancro.pt/. A iniciativa conta com a colaboração do Centro de Direito Biomédico da Universidade de Coimbra e com patrocínio da Ordem dos Médicos e da Fundação Calouste Gulbenkian.

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