Nem a angústia daqueles que perderam o emprego e não podem contar com prestações sociais fazem angustiar o Governo e desviá-lo do caminho traçado, segundo Pedro Passos Coelho.
O líder do PSD disse no Casino Figueira, onde falou nas comemorações nacionais do 38.º aniversário do PSD, que o Executivo mantém-se firme na senda do combate à crise e das reformas estruturais.
Só daquela forma, explicou o líder do PSD, o país consegue recuperar a economia e criar condições para a geração de emprego e de riqueza. “Muitas vezes, para viver melhor, é preciso mudar muito”, frisou.
Pedro Passos Coelho acrescentou que “o clima de tranquilidade está assegurado”, baseando-se no cumprimento do memorando assinado com a Troika e do acordo social. Se ambos forem cumpridos, enfatizou, Portugal poderá “encarar o futuro com mais tranquilidade”.
Fazendo uma breve passagem pelas reformas levadas a cabo pelo Governo, destacando o setor da justiça, o presidente do PSD recordou os objetivos da coligação PSD/PP.
Pôr as contas públicas na ordem e criar condições para a retoma económica e para a competitividade, através de reformas estruturais, são pois os principais desideratos do Executivo, vincou Passos Coelho. Mas o caminho é longo e espinhoso.
Porém, aquela “é uma tarefa bem à medida da história do PSD”, realçou. “(Queremos) vencer a crise e tentar mudar o país à medida das ambições dos portugueses”, concluiu.
O líder do PSD e primeiro-ministro disse ainda que alguns países e líderes europeus estão a advogar o modelo e a estratégia do Governo português, para fazer face à conjuntura.
A propósito da Europa, Passos Coelho defendeu que se o velho continente não fizer “alguma coisa de importante” deixará de ser o primeiro bloco comercial do mundo.
Pedro Passos Coelho realçou a matriz humanista e os valores do PSD, partido que, sublinhou, baseia-se na verdade, na solidariedade e no realismo.
Miguel Almeida, presidente da Concelhia do PSD da Figueira da Foz, foi o primeiro a falar. O anfitrião recordou a relação do partido com a cidade, onde Cavaco Silva se sagrou líder do partido (no congresso realizado no casino) e Santana Lopes conquistou a câmara para os social democratas. O líder local comprometeu-se, por outro lado, a “voltar a colocar a Figueira no mapa, a partir das próximas eleições autárquicas”.
Por sua vez, Duarte Marques, líder da JSD, realçou “os valores de Sá Carneiro”. E Pedro Roque, secretário-geral dos TSD, advogou medidas que estimulem a criação de emprego.
Marcelo Nuno, presidente da Distrital do PSD de Coimbra, ressalvou que sempre houve conflitualidade social porque os conflitos de interesses mantêm-se na sociedade portuguesa. Preconizou ainda que os problemas da Segurança Social não se devem apenas à questão demográfica, mas sobretudo à repartição da renda.
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