Luís Parreirão
A Associação Académica de Coimbra comemora este ano o seu centésimo vigésimo quinto aniversário. 125 anos ao serviço do país e da cidade.
Se é verdade que a Universidade, a cidade e o país mudaram muito desde o distante ano de 1887, não é menos verdade que a AAC tem sido capaz, ao longo destes três séculos, de se ir adaptando aos sucessivos novos tempos. A verdade é mesmo a de que quase sempre andou à frente do tempo.
Pelas vivências que propicia, pela formação cívica e humana que proporciona, pelo apoio e suporte que constitui para as múltiplas gerações de estudantes que Coimbra e a sua Universidade foram acolhendo ao longo destes 125 anos.
E, julgo, é a diversidade da AAC que assegura a sua perene relevância. Todos aqueles que, como eu, chegaram e chegam a Coimbra e à sua universidade num momento determinante das suas vidas, encontram na Académica resposta para a diversidade de interesses que caracterizam os jovens. Ou porque privilegiam a prática e o gosto pelo desporto, e aí estão as secções desportivas. Ou porque as motivações culturais predominam e as secções culturais e os Organismos Autónomos proporcionam esse tipo de actividades.
E, se é certo que a Universidade dá aos seus alunos as ferramentas para desenvolverem a sua actividade profissional, não é menos verdade que a Associação Académica e tudo o que ela representa é uma escola única que nos ensina a estar na vida, a respeitar o outro pelas suas diferenças, a lutar pelas nossas convicções e a ser fraterno com os companheiros.
Felizmente para mim tive o privilégio, no meu 5.º ano, de obter a confiança dos meus colegas para desempenhar as funções de presidente da AAC. Passados trinta anos é para mim inequívoco que o que ali aprendi, aos 22 anos, tem sido importantíssimo ao longo de toda a minha vida.
Coimbra ofereceu e oferece a todos os seus estudantes uma aprendizagem global, complexa e diferenciadora, mas isso deve-se, de forma decisiva, à AAC e às vivências diferenciadas que esta proporciona .
Parabéns Associação Académica!
