Projeto de Oliveira do Hospital vai mecanizar descasque e desidratação de ‘pêra passa’

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A Plataforma de Desenvolvimento da Região Interior Centro (BLC 3) vai instalar em Oliveira do Hospital uma unidade piloto para descascar, desidratar, espalmar e embalar pêra de São Bartolomeu e, numa fase posterior, outros frutos secos.

O projeto, que visa a “automatização de todo o circuito” entre a produção e a comercialização do fruto, vulgarmente também conhecido por ‘pêra passa’, envolve um investimento da ordem dos 700 mil euros, tendo “já garantida uma comparticipação comunitária de cerca de 400 mil euros”, disse hoje à agência Lusa João Nunes, presidente da BLC 3.

“Os testes feitos na unidade piloto permitirão, mais tarde, a industrialização desta grande riqueza regional e a sua recuperação para o mercado nacional e internacional”, sustentou aquele responsável.

A instalação da unidade piloto vai ser iniciada “já em maio”, adiantou João Nunes, prevendo que ela possa estar a “funcionar em pleno dentro de 18 meses”, ocasião em que será desenvolvido um “processo de incentivo, acompanhamento e apoio” à produção da pereira de São Bartolomeu na região.

Com este projeto, a BLC 3 pretende “valorizar uma das maiores riquezas” da zona norte do distrito de Coimbra e de algumas áreas dos distritos de Viseu e Guarda, que “quase desapareceu, por falta de investimento tecnológico”.

Em 1930, “só no concelho de Oliveira do Hospital, produziram-se 90 toneladas daquele fruto”, segundo dados de um estudo publicado pela então Direcção Geral dos Serviços Agrícolas, “mas hoje a produção de ‘pêra passa’ naquele município não vai além da “meia dúzia de toneladas”.

Além de Oliveira do Hospital, a pêra de São Bartolomeu também se produz nos concelhos de Tábua e de Seia e nalgumas freguesias dos municípios de Viseu, Nelas, Mangualde, Santa Comba Dão e Gouveia.

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