João Azevedo
Os preços dos combustíveis não param de subir. O preço da gasolina atingiu um novo recorde histórico, depois de uma das gasolineiras lusas ter fixado nos 1,784 euros. No caso do gasóleo, a mesma petrolífera estabeleceu um novo preço de referência de 1,524 euros por litro. É de esperar que as restantes principais gasolineiras a operar em Portugal acompanhem estas novas mexidas nos tarifários.
O litro de gasóleo já encareceu mais de 6% desde o início do ano e, no caso da gasolina sem chumbo 95 octanas, o aumento de preços ultrapassa já os 12%. Aliás, desde o início de 2012, em média, os preços da gasolina sobem pelo menos uma vez em cada dois dias. Estes dados, recentemente divulgados nos media, tiveram em consideração a evolução diária dos preços médios dos combustíveis divulgados pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). Ora, analisando esses dados verifica-se que no acumulado do ano, o preço da gasolina subiu em 57% dos dias e ocorreram descidas em apenas 38% dos dias. Nos dias em que ocorreram subidas de preços, a gasolina ficou mais cara, em média, 0,6 cêntimos. Já nas descidas, a média diária foi de apenas 0,4 cêntimos. Por seu lado, o gasóleo aumentou em 49% dos dias, ao passo que as descidas marcaram 40% dos dias.
Há oito anos, um litro de gasóleo custava cerca de 70 cêntimos, enquanto igual quantidade de gasolina custava menos de um euro.
Face a este contexto, e tendo em conta toda a conjuntura económica e social em que vivemos, importa questionar o Senhor Primeiro-ministro: ora então, quando estava na oposição exigia medidas concretas para parar este aumento dos combustíveis, e agora que está no poder não pode fazer nada? Passos Coelhos afirma-se preocupado com este tema – preocupados estamos todos! – mas o que importa é tomar medidas concretas.
Para além de ser insustentável pagar combustíveis com estes valores, é um verdadeiro desastre para a nossa economia. Parando os transportes e as transportadoras tudo o resto para! E não há nada mais vergonhoso do que assistir aos portugueses a irem abastecer além-fronteiras… sem falar que é igualmente desastroso para a nossa economia, o dinheiro que não estamos a dar aos espanhóis à custa disto?! E o que pensa fazer quanto a isto Sr. Primeiro-Ministro? O povo português aguarda urgentemente uma resposta e uma tomada de posição do atual governo!