Cavaco rejeita que ausências tenham “atingido” sessão solene e diz que em democracia todos “assumem as suas responsabilidades”

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O Presidente da República recusou esta quarta-feira que celebração do 25 de Abril tenha “ficado atingida” pelas ausências de Mário Soares e Manuel Alegre na sessão solene, defendendo que em democracia existe “liberdade” e todos “assumem as suas responsabilidades”.

“O 25 de Abril trouxe-nos a liberdade e a responsabilidade, a liberdade de escolher, a liberdade de opinião, e a responsabilidade dos nossos atos, por isso devemos respeitar as decisões das pessoas nas diferentes circunstâncias porque elas assumem as suas responsabilidades”, afirmou Aníbal Cavaco Silva.

O chefe de Estado falava no final das comemorações do 25 de Abril nos jardins do Palácio de Belém, depois de questionado pelos jornalistas sobre se as ausências do ex-Presidente da República Mário Soares e do antigo deputado socialista Manuel Alegre na sessão solene no Parlamento afetam a imagem de Portugal no exterior.

“O 25 de Abril é um dia nacional, de festa nacional, e trouxemos hoje aqui o cante alentejano, que tem do mais belo, profundo e puro que existe na província ou na superfície ampla do Alentejo, e cantou-se o Grândola Vila Morena, recordando esse dia, de forma alguma ficou atingida a celebração do 25 de Abril”, considerou Cavaco.

Já questionado sobre se as decisões de Soares e Alegre, no seguimento da da Associação 25 de Abril, têm um significado político, o Presidente da República respondeu negativamente: “Penso que não”.

“Todas as forças políticas falaram na Assembleia da República, dizendo aquilo que muito bem entendiam, e o povo escolheu aqueles deputados, não escolheu outros deputados, falaram Os Verdes, falou o Bloco de Esquerda, falou o Partido Comunista, falou o Partido Popular, falou o Partido Socialista, falou o PSD, portanto, falaram todos os representantes do povo português, aquela é a casa da democracia, é ali que estão as vozes do povo”, sublinhou.

Cavaco Silva confessou ter ficado “imensamente satisfeito pelo facto de hoje ter ouvido e escutado com atenção todas as intervenções que foram feitas” na Assembleia da República.

“Aquele é o verdadeiro significado da democracia”, disse.

 

Texto Agência Lusa

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