A Câmara de Leiria aprovou terça-feira (10 de abril)), por maioria, as contas de 2011, que apresentam um resultado positivo de 7,2 milhões de euros, mais 1,2 milhões do em 2010, revelou a autarquia.
“Os indicadores são melhores e comprovam a estratégia de consolidação de contas do município”, sublinhou à agência Lusa o vice-presidente da autarquia, Gonçalo Lopes (PS).
O autarca salienta que a dívida aos fornecedores diminuiu de 16,4 para 11,8 milhões de euros e que o prazo médio de pagamento a estas entidades é agora de 94 dias, contra os 117 verificados em 2010.
Gonçalo Lopes destacou ainda que o resultado líquido fica a dever-se, por exemplo, à diminuição na despesa com pessoal, na ordem dos 1,2 milhões, e dos subsídios concedidos a associações e coletividades num montante a rondar os 1,7 milhões de euros.
A oposição social-democrata, durante a reunião do executivo camarário, expressou a sua preocupação “pela baixa execução na ótica dos pagamentos”, ao nível da despesa, mas também no que diz respeito à receita, “cuja execução não ultrapassou os 59,4 por cento”.
Números que justificaram, segundo o vereador José Benzinho (PSD), o voto contra.
Tal como a vereadora Blandina Oliveira (independente), os vereadores do PSD consideraram “inaceitável” que as contas do exercício de 2011 tenham sido apresentadas sem a presença do presidente da autarquia, Raul Castro, que alegou razões pessoais para não participar na reunião.
A reunião do executivo teve início às 14:30 e terminou pelas 20:00. O final ficou marcado pela troca acesa de palavras entre o vice-presidente, a vereadora Blandina Oliveira e os vereadores social-democratas.
Os autarcas do PSD e a vereadora independente acusaram Gonçalo Lopes de “atitudes pidescas”, queixando-se das sucessivas interrupções e da forma como conduziu a sessão.
“Cale-se” e “deixe de implicar comigo, que estou farta”, disse Blandina Oliveira, na discussão do último ponto, acusando-o de má educação.
“Pouco barulho”, respondeu o vice-presidente da autarquia, retribuindo a acusação de má educação e criticando a forma como a vereadora “perdeu tempo no início dos trabalhos com intervenções extensas, para, no fim, num assunto estratégico como é o das contas do município, ter feito uma intervenção que não chegou a demorar um minuto”.
(Agência Lusa)