Luís Santarino

Com vinagre não se apanham moscas… por muito distraídas que elas “esvoacem”!
A vida política portuguesa viveu os últimos 38 anos dependente de tiques sindicalistas. As várias corporações venceram todas as lutas contra o poder político.

Por isso, também, Portugal é hoje um Estado amargurado a todos os níveis, porque as corporações não querem perder privilégios.
Se a isto adicionarmos sindicalismo de raiz primária, a libertação do País vai demorar algumas dezenas de anos.
Por formação, sou um optimista!
Acredito que Portugal, a minha cidade em particular, cada vez precisam mais de políticos e menos de sindicalistas da política!
A educação para a política remete-nos, não para a discussão de meios para atingir os fins, mas para “qualquer meio é bom para atingir um fim”!
Ainda hoje – dizem-me que estupidamente – acredito que uma pessoa é bem formada até prova em contrário!
O senhor presidente da Câmara Municipal de Coimbra tem tido, a meu ver, uma atitude equilibrada na gestão da cidade nomeadamente na gestão dos conflitos na área da educação.
Concordo com todas as suas decisões, com a sua visão estratégica em vários domínios? Claro que não!
Só que existem dois actos complementares numa discussão de estratégia; discordar, e consequentemente, argumentar! O resto – chamo-lhe assim – é a “patética oposição sindicalista”, característica de quem não tem uma ideia forte e consequente para a cidade!
Coimbra é, e será sempre uma urbe singular. Não poderá estar sujeita –nunca – à mercê de gente que faz da má educação um dos seus pontos fortes.
As ideias, as propostas, a dinâmica de vitória, deve estar alicerçada, também e sobretudo em valores e princípios! A aldrabice não colhe, porque os cidadãos sabem bem o que não querem.
Para “derrubar” João Paulo Barbosa de Melo, é preciso muito mais do que actos voluntaristas–por definição, atitudes tomadas sem pensar – ! É necessário “saber estar”, usar uma linguagem “apetecível”, no fundo, ser educado e gentil. Enfim, ser educado!
Ainda e “mais fundo”… ser Coimbra!