Saúde mental deve receber atenção especial, diz especialista

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Na opinião do especialista em economia da saúde, que esta quarta-feira proferiu uma conferência no Hospital de S. João, se os recursos financeiros são atualmente escassos seria bom pensar “qual o melhor sítio” onde deverão ser colocados.

“Em cada momento temos que perceber quais as necessidades da população e o sistema tem que ter capacidade para ir virando a agulha”, disse, acrescentando que “estamos numa fase em que devemos olhar mais para a saúde mental”, até por prevenção.

Sendo uma área da medicina onde o número de pessoas com problemas tem tendência a crescer face à atual situação económica e social do país, “mais vale antecipar agora em vez de depois se dizer que não se consegue responder a todos”, sublinhou.

Na sua opinião, “há aspetos importantes associados com o desemprego e a saúde mental” que devem ser valorizados.

“Quando as pessoas não têm trabalho têm um problema de saúde mental no imediato, porque se sentem mal, podem ter uma depressão ou entrar em ansiedade, mas a questão não termina aqui, porque conforme se vão mantendo afastadas do mercado de trabalho também se vão sentir mais desligadas da ideia de trabalhar e com dúvidas se serão ainda capazes de o fazer”, disse.

Para Pedro Pita Barros, as pessoas vão mantendo-se cada vez mais afastadas do mercado de trabalho e cada vez mais a saúde mental das pessoas é menor, criando um círculo vicioso.

O economista entende ainda que o sistema de saúde poderia ajudar a sociedade a lidar com o fracasso, uma vez que quando se fala em criatividade e empreendedorismo, se sabe que muitos dos empreendedores falham e não lidam bem com a situação.

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