Intervindo na sessão de abertura dos Estados Gerais da AAC, fórum de discussão que reúne até domingo cerca de 20 dirigentes da Associação Académica de Coimbra e dos núcleos universitários, o presidente da direção-geral da AAC, Ricardo Morgado, frisou que o Governo pretende rever diplomas como o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, a Lei de Bases de Financiamento e a Rede Nacional de Ensino Superior.
“Concordamos com a necessidade de rever todos estes diplomas legais e também com a necessidade de reorganizar a rede nacional de ensino superior. Mas tememos o momento em que a vontade política de o fazer surge”, alertou o dirigente da maior associação académica do país.
“Grandes reformas em tempo de crise, por norma, significam mais cortes cegos”, avisou Ricardo Morgado.
E adiantou: “isso não poderemos aceitar”.
Frisou que os Estados Gerais têm como objetivo a criação de um espaço de discussão “alargado” com vista à definição de orientações estratégicas para o atual mandato da direcção geral da AAC, iniciado há cerca de um mês.
“Pretendemos discutir e encontrar consensos”, sustentou.
Estarão em debate, entre outros, tremas como a política educativa para o ensino superior, a posição do ensino superior português no panorama europeu, a repartição de custos entre o Estado, instituições universitárias e estudantes e prioridades da ação política.
O fórum decorre à porta fechada e a apresentação de conclusões está agendada para a tarde de domingo.