“A melhor homenagem é continuar a cantar com o Zeca”

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Passam hoje 25 anos sobre a morte de José Afonso, o poeta cantor que, a partir de Coimbra e com músicos como Rui Pato, inventou um canto novo e se transformou em arauto da liberdade que havia de chegar.

Hoje, em Coimbra, o encontro com José Afonso acontece, às 18H00, na Sala Arte à Parte, com o músico José Valente; e, às 21H30, no Café Santa Cruz, com João Afonso, a Tuna e Orfeon Académico de Coimbra.

O DIÁRIO AS BEIRAS recorda José Afonso, nas palavras de Rui Pato:

O que é que Portugal deve a José Afonso?

Deve muito. O Zeca foi o homem que contribuiu decisivamente – e não tem outro a par dele – para uma revolução cultural naquilo que era a música portuguesa. Não há nenhum músico, nenhum grande cantor, nenhum grande poeta cujo despertar para uma nova música, para uma nova canção, não tenha partido do Zeca, que foi o grande ousado, o que deu o primeiro passo. Ele é que foi o bandeirante desta grande aventura. Havia um caminho que não tinha sido ainda desbravado. E foi o Zeca quem o fez.

Em que é que devemos guardar José Afonso?

Eu tenho dito muitas vezes e vou continuar a dizê-lo. A grande homenagem que se pode prestar a José Afonso é não deixar que a sua obra morra. E a intemporalidade dos seus poemas e das suas músicas tem-se demonstrado com a adesão de muitos jovens músicos. A melhor homenagem é continuar a cantar com o Zeca. Que os nossos filhos e que os nossos netos continuem a conhecer a sua obra e continuem a cantar “venham mais cinco”. O pior que pode acontecer a um artista é deixar cair a sua obra no esquecimento. E hoje, felizmente, quer sejam portugueses, quer sejam espanhóis, há muita gente a cantar Zeca Afonso.

Vídeo do concerto do músico no Coliseu dos Recreios

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