Câmara da Guarda faz estudo para tomar medidas de preservação do maior castanheiro da Europa

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A Câmara Municipal da Guarda deliberou realizar um estudo de diagnóstico para decidir que medidas devem ser tomadas para “preservar” o maior castanheiro da Europa, que apresenta sinais de velhice.

O exemplar, com uma idade estimada em cerca de 500 anos, encontra-se na aldeia de Guilhafonso, freguesia de Pêra do Moço, no concelho da Guarda.

Alguns habitantes da localidade, temendo que o exemplar possa “secar”, pediram a intervenção das entidades competentes, nomeadamente da Câmara e da Autoridade Florestal Nacional (AFN).

A árvore centenária “está a ficar muito velha” e “corre o risco de ficar toda seca”, alertou, em novembro, Helena Monteiro, habitante de Guilhafonso, em declarações à agência Lusa.

Hoje, na reunião quinzenal do executivo, a Câmara Municipal da Guarda, proprietária do castanheiro, deliberou encomendar um estudo à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), para saber o que pode ser feito para que o exemplar “fique um pouco mais viçoso”, disse à Lusa o vereador Gonçalo Amaral.

Segundo o autarca responsável pelo pelouro das Zonas Verdes, o estudo pedido à UTAD, que custa 280 euros, permitirá fazer “uma avaliação” da atual situação do exemplar centenário, classificado como árvore de “interesse público” desde 1971, e propor medidas de preservação.

O gigantesco castanheiro é propriedade da Câmara Municipal da Guarda, que o adquiriu há cerca de uma década, juntamente com o terreno, com o objetivo de assegurar a sua preservação.

Gonçalo Amaral explicou que a autarquia também apresentou a situação à AFN, que voltará a ser informada quando as medidas propostas pelos técnicos da UTAD forem postas “em prática” pela autarquia.

O castanheiro de Guilhafonso tem 9,60 metros de perímetro de tronco, 19 metros de altura e um diâmetro médio da copa de 25,5 metros.

Está situado próximo da estrada que liga as cidades da Guarda e de Pinhel e impressiona os visitantes pelo seu porte.

Segundo os habitantes locais são precisas “nove pessoas para abraçarem o seu tronco”.

Em 1971 chegou a estar vendido, pelo então proprietário, para abate e transformação em madeira.

Só não foi cortado porque foram publicados artigos em jornais da época “insurgindo-se contra aquele atentado ao património regional”, relata o investigador Cameira Serra no livro “O castanheiro e a castanha na tradição e na cultura”.

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