Assembleias Populares agendam protesto nacional para 12 de maio

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Foto Luís Carregã

Os ativistas do Encontro Nacional de Assembleias Populares, que terminou em Coimbra, apostam na mobilização para uma “mudança global” do sistema político, incluindo a realização de uma ação de protesto a nível nacional, em maio.

Pedro Alípio, da Acampada de Coimbra, disse aos jornalistas que os cerca de 50 participantes do encontro, que decorreu desde sábado na Alta da cidade, repartindo-se entre a República dos Kágados e o Ateneu de Coimbra, estão desde já “empenhados no protesto nacional de 12 de maio”.

Esta ação será “preparada e discutida” nos próximos meses pelos diversos grupos locais que integram o movimento, de norte a sul do país.

O protesto visa assinalar o primeiro aniversário da contestação em diversas cidades de Espanha, que começou em Madrid em 15 de maio de 2011.

Além de debates e outras iniciativas locais, os diferentes núcleos e assembleias populares continuarão a discutir ideias e ações, recorrendo às novas tecnologias de informação.

“O e-mail é a ferramenta mais séria para comunicar”, mas também o Facebook será “muito utilizado, designadamente nos debates” virtuais, disse à agência Lusa Pedro Alípio, que exerce a profissão de engenheiro informático.

Organizado pela Acampada de Coimbra, que durante meses promoveu diversas ações de protesto junto à Igreja de Santa Cruz, monumento nacional com estatuto de Panteão Nacional, onde está sepultado o fundador da nacionalidade, D. Afonso Henriques, o 1º Encontro Nacional de Assembleias Populares permitiu aos ativistas “organizarem-se e conhecerem-se melhor uns aos outros”.

A chuva que caiu durante a manhã e o facto de os trabalhos de sábado se terem prolongado pela madrugada prejudicaram a participação na ação de rua prevista para as 11H00, antes do almoço comunitário final na casa dos Kágados, a mais antiga república de estudantes da cidade, fundada em 1933.

Ainda assim, duas dezenas de ativistas não deixaram de circular mais tarde, contactando com as poucas pessoas que passeavam na Baixa àquela hora, e empunhando vários cartazes.

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