Crise ajuda ao negócio do ouro

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Foto: Gonçalo Manuel Martins

Em Coimbra, têm-se multiplicado os pontos de compra de ouro especializados e devidamente credenciados e são cada vez mais os que procuram vender as peças que possuem. Fazem-no não só por precisarem de dinheiro, mas também porque veem uma oportunidade de negócio na comercialização de peças que já não usam.

“Hoje os artigos de ouro antigos já não estão na moda porque agora a maioria das pessoas prefere ouro branco. Ter essas peças em casa é ter dinheiro morto”, explica o responsável da agência Tesouros, que abriu portas na Avenida Sá da Bandeira, em Coimbra, em agosto de 2009. “Muita gente não vende ouro por necessidade, mas simplesmente porque tem coisas em casa que não usa”, confirma Alexandre Almeida, sócio da Ourinvest.

Contudo, a crise está a ajudar ao negócio e há cada vez mais pessoas a entregarem os valores por necessidade, admitem os comerciantes. “Como é mais fácil vender a uma casa como a nossa, especializada neste tipo de negócio, é dinheiro imediato”, observa o responsável da Tesouros e da Ás d’Ouros. Para estas pessoas, a venda de ouro é uma ajuda para que o dinheiro estique até ao final do mês. “Há quem apareça aqui a chorar”, assume Fernando Baptista, coordenador das agências Kquilate – fundadas em 2009 em Cantanhede e que rapidamente se tornaram uma referência na região com agências em Coimbra, Mira, Montemoro–Velho, Soure, Tocha e Mealhada.  E porque muitas vezes esses artigos têm um grande valor sentimental, a Kquilate, nestes casos, “adianta parte do valor da peça e fica com uma pequena caução que lhe serve de garantia para que a pessoa volte a recuperar a jóia [caso se arrependa]”, diz o gerente.

Porém, a maioria das pessoas parece consciente das suas decisões. “Nunca ninguém nos contactou para recuperar peças”, garante Alexandre Almeida, que explora a Ourinvest de Celas desde maio de 2011 mas já antes trabalhava no mesmo ramo em Águeda e Oliveira de Azeméis. E são cada vez mais aqueles que optam por se desfazer das suas peças de ouro. Na Ourivest, “todos os dias” entram pessoas a a pedir avaliações. Cerca de 90 por cento acabam mesmo por concretizar o negócio, garante Alexandre Almeida.

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