Vivemos momentos complicados, de incerteza e de uma certa angústia. São, no entanto, momentos de oportunidade para refletir sobre o nosso trajeto de vida e planear os ajustamentos, as mudanças e as ruturas necessárias para que haja de novo esperança.
Portugal tem vários problemas estruturais, que resumo nas seguintes ideias-chave:
1.Atitude: Precisamos de mais gente criativa, com vertigem do risco, que vive como pensa sem pensar como viverá.
2.Valores: deixamos cair grande parte dos valores que já nos fizeram um país grande. O valor do trabalho, da necessidade de esforço para obter resultados, do rigor, do profissionalismo, da honestidade, da palavra dada, da honorabilidade, do direito de reserva, da liberdade, do reconhecimento que é devido ao mérito e ao esforço dos outros como pedras basilares de uma sociedade saudável, justa e fonte de progresso.
3.Participação: em democracia a ausência de participação é uma atitude muito perigosa que tem geralmente consequências desastrosas.
4.Cultura empreendedora e de risco: o empreendedorismo e o risco são conceitos que é necessário incutir para que adquiram uma dimensão cultural e virulenta.
5.Ética e responsabilização: são comportamentos que devem estar na base de toda a nossa estrutura organizativa.
6.Crescimento, acrescentar valor: na nossa atividade temos de acrescentar valor a tudo o que fazemos, melhorando aquilo que encontramos. É essa a única forma de ter um crescimento sustentado.
Qual o papel da inovação?
Como estamos a tratar do estímulo à iniciativa pessoal e ao mérito?
Por que razão estigmatizamos o que falha?
O que podemos fazer com o apoio das universidades e centros de saber?
Qual o papel de Coimbra?
Qual o papel de parques de ciência e tecnologia, como o iParque?
Por que razão lutamos por investimento em conhecimento?
Por que razão queremos um determinado investimento direto estrangeiro?
Começando por um diagnóstico de Coimbra e da região Centro, este artigo discute ações e medidas globais para a região e para Portugal. Afirmando que somos um país que se tem de medir qualidade da sua investigação, mas também do seu ensino e pelo impacto que essas atividades têm na criação de riqueza, emprego, oportunidades, modernização, investimento e melhoria de qualidade de vida.
Portugal, e Coimbra em particular, tem condições para ser esse espaço, fazendo-o passo-a-passo, sem atalhos. Tornando consequente a aposta no conhecimento, na actividade empreendedora e na licença para errar.
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