Fernando Gomes: “Representação de todos os setores”

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Foto Carlos Jorge Monteiro

Que radiografia faz da atual situação do futebol não-profissional português?

Existe uma clara ausência de uma política global de formação e desenvolvimento desportivo, que é fundamental potenciar.

Quais são as questões mais urgentes a resolver na FPF?

Recentrar a atividade da federação naquilo que é fundamental: a formação e o desenvolvimento do futebol. Reformular os quadros competitivos e estabelecer medidas concretas para a valorização do jogador português. Organizar e descentralizar os serviços numa interligação forte com as associações, sobretudo com as do interior do país.

Que novidades pretende implementar na FPF?

Represento uma candidatura agregadora e a prova está nas nossas listas. Estão lá os diversos parceiros, jogadores, treinadores, movimento associativo. Através de nomes como Pedro Dias, Mónica Jorge, João Vieira Pinto, Hermínio Loureiro, Horácio Antunes, Rui Manhoso, Humberto Coelho, Pedro Pauleta, Elísio Carneiro, Carlos Coutada, abrangemos todo o leque de atividades e uma representação plena e competente de todos os setores do futebol amador e profissional. Assumo, sem sofisma, a rutura que tem de ser feita para alargar a base de praticantes, reformular os quadros competitivos, introduzir uma nova dinâmica na FPF.

Para além do futebol de 11, que atenção vão merecer as outras vertentes (de praia, feminino, etc.) abrangidas pela FPF?

O meu programa apresenta um projeto para todo o futebol português, desde a formação até às competições profissionais, passando pelo futebol feminino, futsal e futebol de praia. Pretendemos aumentar o número de praticantes em todos os patamares. Temos apenas 1.600 praticantes federadas no futebol feminino. Com um plano integrado e adequado, poderemos duplicar esse número em quatro anos. No que se refere ao futsal, queremos transformá-lo na modalidade de pavilhão mais praticada em Portugal. Queremos também desenvolver o futebol de praia. Há margem para subir em todos os setores do futebol.

O passado histórico da FPF e recentes resultados desportivos internacionais acrescem maiores responsabilidades?

Os resultados conseguidos, sobretudo pela seleção nacional A, são uma motivação para continuar a fazer mais e melhor pelo futebol português, desde a base até ao topo. Nos últimos anos, Portugal conseguiu marcar presença, de forma consecutiva, em fases finais de campeonatos do Mundo e da Europa. Também a nível financeiro, foi feito um trabalho muito competente. Gilberto Madaíl consolidou a FPF e posicionou-a em patamares nunca antes alcançados. Um trabalho que será justamente reconhecido com o título de presidente honorário, que proporemos à assembleia geral da FPF na primeira reunião da nossa direção.

Quais os pontos fortes do seu programa eleitoral?

O nosso programa, que começou a ser apresentado no dia 3 de outubro, assenta em cinco desígnios para desenvolver o futebol português no seu todo: recentrar a federação na sua vocação (a promoção e o desenvolvimento do futebol de Portugal); garantir a sustentabilidade e apostar na formação, desenvolvimento e descentralização da organização; credibilizar a arbitragem e a justiça desportiva, pela verdade desportiva; aproximar o futebol de todos os portugueses enquanto agente social de referência; reconquistar o respeito das instituições nacionais e internacionais (UEFA e FIFA).

Apesar do grupo complicado, quais são as suas expetativas para a participação de Portugal no Euro’2012?

Por filosofia própria, prefiro grupos mais difíceis, pois isso redobra a concentração e a capacidade de superação. Tenho consciência do enorme potencial dos adversários, mas acredito no trabalho de Paulo Bento, da sua equipa técnica e do grupo de jogadores que compõem a seleção nacional.

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