O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse este sábado, em Coimbra, que “o Governo mantém abertura se houver evolução do PS” para fazer “alguma modelação” na aplicação de medidas de austeridade com “impacto social mais pesado“.
O Governo “não põe em causa a necessidade de adopção destas medidas”, mas “está disponível para poder graduar a maneira como elas serão aplicadas”, mas isso, advertiu Passos Coelho, “exige que se encontre do lado da receita a compensação necessária de modo a que o nosso valor do défice para o próximo ano” não fique comprometido.
É isso que os deputados “estão a avaliar” e “até segunda-feira haverá uma noção” se é possível “atingir esse equilíbrio ou não”, disse Passos aos jornalistas à saída da entrega, pela Fundação Bissaya Barreto, do Prémio Nuno Viegas Nascimento à Acreditar +, Associação de Pais e Amigos de Crianças.
Referindo-se aos cortes de subsídios de férias e Natal da função pública e pensionistas, em 2012, Passos Coelho adiantou que está a ser estudada “a possibilidade de fazer uma modelação na forma como eles serão aplicados”.
Mas, acrescentou, “não está em causa a necessidade de proceder aos cortes” daqueles subsídios, pois não há “nenhuma outra alternativa” para “garantir externamente que Portugal atingirá o objectivo de um défice de 4,5 por cento no próximo ano”.
De todo modo é possível “fazer alguma modelação”, isto é, tentar “garantir que o valor mínimo a partir do qual a medida será aplicada possa ser um pouco mais elevado e se o valor a partir do qual se consumam os cortes do dois subsídios” também possa ser alterado, explicitou o chefe do governo.
Tal “graduação” implica “contrapartidas do lado da receita, que têm de ser estudadas”, insistiu.
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