Coimbra une-se por uma batalha perdida

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Luís Santarino

Coimbra é, reconhecidamente, a capital de muita coisa. Os nossos inimigos, que não adversários, dizem que somos a “cidade do conhecimento” porque nos conhecemos uns aos outros!

Nós, os de Coimbra – direi mesmo, os de Coimbra – não temos sabido responder com eficiência e eficácia a este tipo de fraseologia, porque nos entretemos com outras coisas, que não o que verdadeiramente interessa aos cidadãos.

Um dia destes, os membros da autarquia – vulgo eleitos – entenderam que deveriam falar em nome de todos nós – como se isso lhes fosse permitido – em relação aos problemas que, “uns e outros” arranjaram para o Metro Mondego!

É que, caso não saibam, foram eleitos para gerir bem a cidade, ora no governo da dita, ou na oposição, sem que para tanto alguém lhes tenha dado autonomia para mais alguma coisa. Isto de dar passos maior do que as pernas, de vez em quando dá para o trambolhão.

O Metro Mondego deveria ter sido referendado para que todos pudessem dar a sua opinião. Tão na moda para os mais variados disparates, o referendo existe para que não haja dúvidas sobre a pretensão dos cidadãos.

Ora, ao assinarem, penso que “de cruz”, uma exigência ao Governo sobre o “defunto”, mais não foi, mais uma vez, do que enveredar por uma batalha perdida, voltando a ser, de novo, o gozo do país.

“Se o País está nas lonas, lá estão os gajos outra vez no disparate…pensam e dizem os nossos detractores”!

Coimbra deve assumir-se, de uma vez por todas, como a cidade motor do desenvolvimento e da inteligência. Não deverá, jamais, – não “jamé” (jamais), continuar a ficar inebriada com o som das sereias, algumas bem feiosas por sinal!

Coimbra deverá ser a cidade do futuro; a cidade que assume a sua condição de líder de uma região, diferente é certo, mas solidária, capaz de acudir ao grito dos vizinhos.

Lousã e Miranda do Corvo merecem o nosso auxílio, a nossa determinação, afastando o seu problema, daquele que não é o nosso problema. Uma nova linha deverá ser colocada. Urgentemente, embora tenhamos de recusar, a megalomania de uns, ou um tanto, que gostaria de fazer a obra do regime, mesmo que fossemos todos a pagar.

É por esta linha que nos deveremos bater, solidariamente com os concelho limítrofes e amigos, assim como, um estudo para aproximar Cantanhede, Mira, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz, entre outros.

Não será para a minha geração, é certo, mas Coimbra deverá encontrar argumentos que sustentem propostas de desenvolvimento.

Arranjem as ruas e os passeios, tapem os buracos, protejam a calçada à portuguesa, tratando-a com o desvelo cultural que merece, encontrem-se soluções para outro tipo de recolha do lixo que este está obsoleto, etc. etc. etc.

Temos tanto para fazer por uma cidade que se deseja mais apetecível para viver e para conhecer; tanto!

Tenho pena que Portugal esteja à beira da ruína, é certo! Lamento-o e muito…mas para a minha cidade, que não é a de outros, a sorte bafejou!

Portugal vai vencer a batalha… e Coimbra vai-se transformar, de novo, numa urbe de gente, cujo exercício de pensar faz parte do seu quotidiano.

Coimbra não perecerá à mão de inconscientes e megalómanos.

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