Centenas de condutores da Guarda participaram esta segunda-feira (17) num buzinão contra a aplicação de portagens nas SCUT (vias sem custos para o utilizador) promovido pela Comissão de Utentes Contra as Portagens nas autoestradas A23, A24 e A25.
O protesto realizado junto da rotunda da ‘Ti Jaquina’, no acesso entre a Guarda-Gare e o centro da cidade, começou pelas 17H30 e durou mais de uma hora.
“Não esperava tanta adesão, porque as ações desenvolvidas têm sido mornas. Este buzinão ultrapassou, de longe, as minhas expetativas”, disse à agência Lusa Zulmiro Almeida, elemento da comissão organizadora.
A responsável reafirmou que a aplicação de portagens irá penalizar o desenvolvimento da região e justificou a elevada adesão ao protesto “pelas recentes medidas de austeridade” anunciadas pelo governo: “Talvez as pessoas estejam a despertar mais para o problema”.
Zumiro Almeida referiu que quando as portagens avançarem não irá pagar as passagens, e deixará que o assunto seja remetido para os tribunais. “Eu sou um dos que o farei”, disse, apelando aos utilizadores que façam o mesmo “se tiverem coragem”.
Aos emigrantes, que no futuro se deslocarem a Portugal em gozo de férias e utilizarem as autoestradas da região, também pede “que protestem de toda a maneira e feitio”.
Ao protesto desta segunda-feira associou-se Marco Loureiro, presidente da Associação Académica da Guarda, que considera que a medida do governo originará “mais custos” para os alunos do Instituto Politécnico. “Numa altura de crise, as portagens podem afastar os estudantes da cidade da Guarda”, vaticinou o dirigente.
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