O congresso nacional do PS

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Joaquim Valente

No Congresso Nacional do Partido Socialista, dias 9, 10 e 11 pp, definiram-se as ideias estruturantes para a actuação do partido no futuro e em particular na presente situação política do país.

Os socialistas demonstraram que apesar da recente derrota eleitoral, não estão desmoralizados ou a fazer a “travessia do deserto”, e tirando as devidas ilações do seu passado governativo, querem ser força política ao mesmo tempo renovada e actuante, afirmativa e empenhada na definição de um projecto político para o país e para os portugueses.

Por isso os socialistas tiveram uma presença forte, unida e solidária, preparados para o hoje e o amanhã, sempre num princípio aglutinador “as pessoas estão em primeiro”, o que se inscreve na história do seu pensamento político e matriz ideológica, de onde o Humanismo Socialista é um dos seus valores mais “caros”.

Aí fundamenta-se a preocupação pelas pessoas na acção política, valor cada vez mais ausente nos centros de decisão políticos e financeiros, quer em Portugal quer na Europa onde os actores actuam hoje com uma enorme insensibilidade e injustiça social cedendo, de uma forma quase cega aos joguetes impostos pelos mercados financeiros, acreditando na sua auto-regulação, o que tem tido como consequência enormes fossos sociais e por vezes a perda da dignidade humana.

O Partido Socialista sabe qual a sua responsabilidade nos compromissos com o “Memorando da Troika” e vai honrá-los, mas não pode aceitar que num período já demasiado penoso para os portugueses, todos os dias, incompreensivelmente e de uma forma radical, se venham impor mais, mais e mais sacrifícios, a quem sempre foi sacrificado e já tem pouco para dar!

O Partido Socialista é o “pai” do SNS e vai estar, porque é seu dever ideológico, ao lado dos portugueses pela manutenção das funções sociais do Estado, na saúde, na educação, na segurança social, tudo inscrito num ciclo económico de desenvolvimento sustentável, onde a igualdade valor ético, signifique equidade na repartição dos sacrifícios e mais oportunidade para todos.

O PS enquanto oposição vai trabalhar e apresentar as propostas políticas mais justas para o concreto das pessoas e preparar-se para o futuro político, ganhando a confiança dos portugueses, devolvendo-lhes a esperança, e querendo uma Europa onde a resposta à crise seja aprofundada com soluções globais, caminhos comuns dos Estados Membros, e revisão dos Tratados, com soberania partilhada.

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