Na política, tal como na vida, não pode valer tudo!

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Mário Carvalho

Por vezes, ao ler alguns artigos ou colunas opinativas que dão corpo à informação veiculada pelos jornais não conseguimos controlar uma certa inquietude e preocupação que nos leva a pensar sobre as reais razões conducentes a tais escritos.

Nalguns casos, o teor das afirmações é de tal forma grave, que parece resultar de um desprendimento momentâneo da razão, situação, que, aliás, não deixa de ser “comum” entre os mortais; principalmente como resultado de stress mental e/ou físico elevados.

Há quem diga que a inveja, o ódio, o amor, o rancor, a raiva, entre outras coisas, pode levar alguém a percorrer este tortuoso caminho. Outros atribuem razões de carácter patológico. Outros, ainda, situam as razões por trás desta situação a situações intermitentes entre o normal e o patológico.

Obviamente são questões cuja explicação maior encontrará eco no campo da psicossociologia, psicologia e/ou psiquiatria, sendo que para isso existem especialistas licenciados e credenciados para o fazer.

No entanto, com ou sem imputabilidade para os articulistas, com ou sem razão assistida, damos como adquirido todo o incomodo que nos invade como resultado do teor de algumas afirmações e insinuações que são feitas.

Não damos como certo sobre o domínio mental em que são feitas, pois não é essa, como dissemos anteriormente, a nossa área, no entanto não ficamos indiferentes com a sua feitura e exposição pública. Mas também não fugimos à indiferença, porque de pessoas se trata, de vidas se trata, de situações…

Algumas vezes somos empurrados a pensar se existem falsas percepções ou crenças sobre a realidade que possa explicar tais actos. Mas aí estaríamos a entrar no campo das alucinações ou delírios, e não estamos habilitados para o fazer.

Outras vezes entendemos como meras ilusões, resultado de uma confusão de sentidos com implicação na distorção das coisas.

Portanto, para essas pessoas que são levadas a escrever sobre coisas que não existem, mas que procuram criar e levar ao engano o leitor, achamos por bem sair do campo médico e cingirmo-nos ao universo na qual são feitas, para o caso, da política.

Relativamente a esta forma de fazer política, apenas podemos lamentar que haja alguém que se predisponha a escolher esta via como resultado de um sentimento egoísta e egocêntrico, circulando em volta do seu próprio Eu. Mas ao mesmo tempo um sentimento não corajoso pela forma como é feito, quando assenta na mentira, na maledicência, na gratuitidade com que se soltam termos e frases acusatórias…selvaticamente na intenção de fazer mal… ao mesmo tempo que em cada letra a vingança ganha força, resultado de algo pouco lúcido, pouco consistente, pouco racional.

O espremer da “laranja” seca que não dá sumo, coberta por uma “casca” de rancor que consome por dentro quem a espreme…a frustração total.

A impunidade não pode andar irresponsavelmente à solta tocando a esta ou àquela campainha como se de brincadeira de criança se tratasse.

A Democracia e a Liberdade têm regras.

A Honra e os Valores devem ser preservados.

Na política, tal como na vida, não pode valer tudo!

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