Educação atitude e cidadania

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Olinda Rio

Milhares de jovens iniciam por estes dias as suas aulas. Desde os mais pequeninos, que experimentam pela primeira vez o referente da palavra “escola”, até aos que dão o primeiro passo no Ensino Superior.

O processo de entrada ( ou não ) num novo ciclo de ensino representa sempre dias de ansiedade natural que nem por isso exigem uma menor atenção.

Falar do primeiro dia de escola ou de faculdade, apesar das especificidades próprias dos diferentes níveis etários, é falar de acolhimento, cortesia, responsabilidades acrescidas que não podem ser negligenciadas ou menosprezadas pelos adultos envolvidos. Deve ser um dia especialmente preparado para que seja o primeiro dia de muitos bem sucedidos. Sobretudo com crianças e jovens, não há segundas oportunidades para causar uma boa primeira impressão.

A Educação é sobejamente reconhecida como um pilar de Cidadania. Cabe-nos enquanto adultos – pais, professores, técnicos, gestores – preparar os jovens portugueses para serem cidadãos activos, informados e responsáveis, capazes de contribuir de forma construtiva e saudável para uma sociedade justa, solidária e democrática.

Os desafios e inquietações contemporâneos não se compadecem com ignorância e amadorismo. É necessário dotar os jovens com as ferramentas necessárias para poderem exercer, civicamente, o seu papel democrático nas comunidades onde estão inseridos, nas sociedades em que estão integrados e numa Europa, sede, como ambicionamos, agora mais do que nunca, de coesão social, de igualdade de oportunidades e de diálogo intercultural.

Para tal é preciso, não só ensiná-los a saber ser e saber estar, transmitir-lhes conhecimento, permitir-lhes o acesso à informação, mas também valorizá-los como merecem, incutir-lhes esperança e educá-los para o optimismo.

O dia-a-dia requer conhecimento, mas também improvisação e criatividade. É esta que permite abrir caminho nas circunstâncias ambíguas, imprevisíveis e stressantes. Trata-se de ser receptivo a ideias novas, sentir uma predilecção por soluções improváveis, ter capacidade de não ver apenas o que está à vista. Os jovens são muito criativos. Se não lhes cortarmos as asas, eles voam e encontram o seu caminho. Cabe-nos acompanhá-los, ampará-los, fazê-los saber que estamos cá para eles. Sempre!

O véu de incerteza que paira sobre o futuro é comum a qualquer geração. Bem mais opaco no caso dos que vivem, ou viveram, a guerra, a repressão, o terrorismo, a violência gratuita ou dos que temem diariamente pela sua segurança. Contudo, não deve isto, de forma alguma, desobrigá-los de viver o presente e as alegrias do quotidiano. São os bons momentos, as etapas positivas, sobretudo as vividas na infância e juventude, que vão povoar o seu imaginário no futuro e torná-los resilientes nos momentos menos bons inevitáveis na vida de qualquer ser humano.

Cabe, portanto, louvar os adultos que sabem que “não devemos julgar os nossos dias pela colheita que fizemos, mas pelas sementes que plantámos” e promovem junto das crianças e jovens actividades culturais, desportivas e de lazer, contextualizadas e balizadas no sentido de lhes proporcionar vivências positivas que complementam a sua Educação numa óptica de esperança e optimismo.

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