O professor António Pedro Pita cessou, ao fim de seis anos, as funções de diretor regional de Cultura do Centro, tendo retomado a atividade docente na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC).
Docente de Filosofia da FLUC e coordenador científico do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX – CEIS-20, António Pedro Pita realçou que ocorreu durante o seu mandato uma “mudança significativa” das competências das antigas delegações de Cultura.
Em 2007, estas delegações passaram a direções regionais de Cultura ao abrigo do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), tendo sido Pedro Pita o primeiro diretor do Centro, após ter assumido em 2005 o lugar de delegado do Ministério da Cultura.
Na sequência das últimas eleições legislativas, realizadas há três meses, que deram a vitória ao PSD de Pedro Passos Coelho, agora em coligação no Governo com o CDS de Paulo Portas, Pedro Pita, nomeado pelo executivo socialista de José Sócrates, solicitou a “cessação de funções” ao secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, que aceitou agora esse pedido.
Na quinta-feira, “despediu-se de todos os colaboradores” da direção regional de Cultura, numa sessão realizada no auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra.
“Com a passagem da delegação a direção regional, em 2007, verificou-se uma diferença substancial, sobretudo em relação às atribuições e responsabilidades, que são agora muito mais amplas. Não há só uma diferença de designação”, disse.
Ocorreu nesta área, nos últimos quatro anos, “a conversão de uma lógica de apoio cultural, artístico e técnico numa lógica de iniciativa política” no sentido do “ordenamento cultural do território”.
“O que me foi mais grato, nestes seis anos de mandato, foi o conhecimento do tecido cultural regional”, declarou o ex-diretor regional de Cultura.
António Pedro Pita salientou, ainda, a “projeção internacional, sobretudo ibérica e transfronteiriça” dos valores culturais do Centro, que a direção regional (ex-delegação) pôde promover desde 2007.
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