“Quero ser recordado como uma pessoa de bem”, diz Fernando Alves do Vale

Posted by
Spread the love

 

Fernando Alves do Vale nasceu em Tondela em 1926. Mudou-se para a Figueira da Foz aos quatros anos. Trabalha desde criança e é um dos homens mais ricos do concelho.

 

Subiu a pulso. Foi mais estimulante?

 

Foi bastante estimulante. (…) Como pagavam mal, arranjei representações das camisas Sagres, de um armazém de fazendas de Mangualde, dos Vinhos do Dão e outras. Comecei a trabalhar por conta própria quando tinha 28 anos, em fevereiro de 1954.

 

Quando é que surgiram os supermercados?

 

Em 1972. Criei duas empresas distintas, com os mesmos sócios, o Recheio, que é hoje colosso nacional – mas já não é nosso, foi comprado pelo Grupo Jerónimo Martins em 1988 (Fernando Alves do Vale já tinha alienado a sua participação na sociedade) – e os supermercados Ovo. As escrituras foram feitas no mesmo dia.

 

E a construção civil?

 

Em 1987, quando entrei para a Sociedade Figueira Praia, dediquei-me, em simultâneo, ao setor imobiliário, com a Valprédios, que ainda existe. Comecei como mediador e, depois, passei a promotor, mais do que construtor. Hoje, o setor imobiliário está muito fraco. Nesta altura, a construção não é atrativa.

 

Se a autarquia pudesse lançar uma taxa sobre os rendimentos e o património dos mais ricos, aceitá-la-ia sem reservas?

 

Sim. Apesar de pagar uma taxa de IRS de 45,88 por cento, estaria disposto a contribuir com esse esforço. Acho que todos devemos fazer um sacrifício.

 

Como é que gostaria de ser recordado?

 

Quero que me recordem como uma pessoa de bem, como julgo ser.

 

 

Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra no programa “Clube Privado” da Foz do Mondego Rádio (99.1FM), às 19H00 de sexta e de sábado e às 22H00 de domingo.

 

3 Comments

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.