Quando o patrão o mandou pintar a praça de touros, o pintor de construção civil não imaginou que ia encontrar ali a mulher e o emprego para o resto da vida. Ilídio Vitorino de Oliveira, 77 anos, é guarda do Coliseu Figueirense desde 1954, mas faz de tudo um pouco.
O peso da idade é contudo aliviado pelo gosto pelos touros e pela praça que se enche de gente para aplaudir a sua bravura ou assobiar a falta dela. Quem diria que foi naquele local de luta (desigual) que Ilídio de Oliveira encontrou os amores da sua vida: a mulher, Maria Meca, 77 anos, e o emprego que ainda conserva. “Vim pintar a praça e, palavra, puxa palavra, acabei por meter conversa com a minha mulher. Passado um tempo, pedi-lhe namoro e ala aceitou”, conta.
Um ano depois, pede a namorada em casamento e a resposta também foi positiva. Pouco tempo depois, o sogro, que era o guarda do Coliseu Figueirense, sucumbe perante uma febre e Ilídio é convidado a substituí-lo. E foi assim que o antigo pintor de construção civil se tornou no empregado mais antigo da praça de touros.
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