Eduardo Lourenço disse que “a saída de Portugal para a crise está na Europa”. O filósofo e ensaísta falava à margem de uma homenagem que lhe foi prestada na sua aldeia natal de São Pedro de Rio Seco, em Almeida, com o descerramento de uma placa na casa onde nasceu e a inauguração de uma escultura.
Questionado sobre a situação do país, respondeu que, “contrariamente à opinião de várias pessoas”, pensa que “a saída continua a ser através da Europa”.
Lourenço vai mesmo mais longe dizendo que se o país não encontrar uma solução europeia, “não a encontra em parte nenhuma”, porque já não existem “aqueles espaços de fuga que foram os grandes séculos de Portugal”.
Radicado em França, Eduardo Lourenço diz que, apesar da crise, ao chegar ao país não sentiu “uma atmosfera crítica”, que atribui também ao facto de o governo ainda gozar “dos 100 dias de benefício da dúvida que se dá sempre a quem assume o poder”.
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