Do “arco pintado” às burlas (…) ilegais

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M. Pignatelli Queiroz

Já me referi nestas colunas, pelo menos uma vez – pena foi que não tivesse saído antes das Legislativas 2011 – à caricata expressão muito empregada no vocabulário oficial e, gravíssimo nesse caso, aos Órgãos de C.S. que todos pagamos. Não direi que é culpa da República, mas falta da tal “ética” que alguns em seu nome proclamam. Já o disse, volto a repeti-lo: constitucionalmente (não me refiro aos “Golpes de Estado Constitucionais”), cai a Assembleia da República, entra em gestão o Governo da Ex-maioria, não há que usar de sofismas protectores: em DEMOCRACIA, no período seguinte e especialmente durante as campanhas eleitorais, todos (devíamos) ser iguais, neste caso os diversos Partidos – Grupos que por Lei podem concorrer às eleições. No entanto, todos vimos que não é assim: uns “mais iguais do que outros” são apenas os chamados “partidos do poder”, embora se esquecem que, á vez, uns caem outros sobem. As entrevistas, os noticiários, os comentários, são todos do “arco constitucional”. Algumas sobras, vão para alguns dos pequenos Partidos. Verdade seja que, sendo quase todos uns tesos, não há dinheiro para divulgações – só para aqueles em que o dinheiro sobra, os do “arco”.

Agora, não é bem o caso, mas parecido, pelo menos segundo os “convites” formulados. Localmente – e fiquei admirado. Conhecendo-o – o Senhor Presidente de Concelhia do PS convidou 4 dos 5 Partidos representados na Assembleia Municipal para discutirem o importantíssimo assunto da tão falada redução de Autarquias – Municípios e Freguesias. Foi por acaso ou por defender um regime diferente – o PPM – Amigo Carlos Cidade? É que, a nível Concelhio, existe uma Coligação. “ Por Coimbra”, que o Partido que represento integra. Acha que e especialmente em assunto tão importante, a posição pioneira do PPM, ou estes, devem ser ignorados ou está a minimizar a consonância que continuam a ter desde a Fundação da ANAFRE em Coimbra e onde tive a honra e o prazer de estar e continuar alguns anos – com o PODER LOCAL DEMOCRÁTICO, onde estão os centenas de anos mais “velhinhos” mas sempre jovens Concelhos Portugueses? Estes já sabem a posição de ANMP, com a qual me solidarizo. Esperemos que a ANAFRE se manifeste inequivocamente sobre as apenas centenárias mas relevantes Autarquias FREGUESIAS.

“ENBRÓGLIOS” legais – São as leis e seus regulamentos ou a actuação de certos detentores do Poder Judicial que os interpretam e baralham de acordo com fins “não juridicamente definidos”. Depois das sentenças: “dado o seu prestígio social e boa inserção no meio”, vai em paz, mesmo que tenha umas culpazitas, vem agora, não a absolvição mas o “passe bem” pois a detenção de uma Procuradora (vd. Noticiários), tinha sido ilegal … E o elevado grau de alcolémia? Vou experimentar, para ver se me consideram com bom estatuto social. Já agora e o embróglio legal do “é burla?” “foi enganoso?”, do “disse que disse e não disse”, etc.,etc., também é juridicamente aceitável? Advertência: não generalizar à grande maioria dos Agentes da Justiça, mas é bom olhar um pouco para as “redes de interesses ilegítimos” que abrangem todos os sectores.

Notas finais – Cuidado, Senhor Dr. Passos Coelho. Se apenas com algumas semanas de responsabilidade já “apanha”tanta pancada de alguns sectores das oposições – muitos daqueles para tentarem branquear um passado recente de derrocada a não ser esquecida facilmente, que fará com que o inevitável progredir da crise (a que só o “Império do Sol Nascente” – que anda por aí em todo lado – diz estar imune – será que incluiu os Países recentemente conquistados?)? aconselho, se mo permite, mão democraticamente férrea, combate prioritário às redes de interesses e sem quartel à corrupção (só num ou dois sectores a sua quase impossível derrota daria para cobrir o deficit e acabar com as “perdas de soberania”, não esquecendo que, quanto mais acima maiores são os valores das “obras”. Ah! E atenção que as nomeações do antigo arco continuam…

Finalmente: já tive ocasião de contrapor a um articulista de um jornal da zona que, estando suspenso das suas ordens sacerdotais, era uma burla (ou fraude?…) para os Católicos e não só, assinar os seus escritos com o designativo de Padre… Embora mantenha o sacramento da ordem até morrer, perdeu o direito de enganar os outros, principalmente aproveitando para dar pancada demagógica na Igreja Católica. Mas não é só este Senhor. Outro, aproveitando altos cargos, laicos e até internacionais, aproveitam as entrevistas para se armarem em novos “papas”. Por favor, não abusem da nossa paciência.

Princípios de Agosto: as melhores e mais pacíficas férias possíveis a todos os beirões.

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