Académica reduz orçamento para futebol

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Foto de Gonçalo Manuel Martins

 

Os sócios da Académica aprovaram esta sexta-feira por maioria um orçamento de cinco milhões de euros para a época 2011/2012.

Um orçamento mais baixo do que o da época transacta e que contempla para o futebol uma verba de 3, 460 milhões de euros, cerca de 178 mil euros abaixo do estipulado para 2010/2011, sendo a maior fatia (pouco mais de dois milhões e meio) destinada a gastos com pessoal.

No capítulo das receitas, a maior fatia advém dos direitos televisivos (1,8 milhões), seguindo-se 600 mil euros previstos de quotas e 575 mil de bilheteira, previsão inferior à da última época, porque “tirando Benfica, FC Porto e Sporting, as outras equipas não trazem adeptos”, explicou o presidente.

José Eduardo Simões revelou, aliás, que, na última época, apenas os jogos com Benfica e FC Porto, na Liga, e com V. Guimarães, para a Taça de Portugal, deram lucro. Valores que representaram a pior receita de bilheteira desde que o estádio foi construído.

O orçamento suscitou dúvidas a apenas um associado, que questionou a não contemplação de verbas para obras no Pavilhão Jorge Anjinho, “casa” do futsal da Académica.

O presidente José Eduardo Simões explicou que “está a ser desenvolvida uma parceria com uma empresa, para a remodelação”, envolvendo a utilização de espaços da infraestrutura em troca do investimento na obra.

Numa reunião que mereceu a presença de cerca de 60 associados, foi preciso esperar uma hora para reunir a meia centena necessária para arrancar com os trabalhos.

As propostas da direção para atribuição das distinções de sócio honorário a José Barros e de mérito à Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, que o falecido médico da Académica presidia, foram aprovadas por aclamação e unanimidade. Os associados aplaudiram de pé ambas as distinções.

Numa longa intervenção, José Eduardo Simões, frisou que espera corrigir uma fraca prestação no ano passado, ao nível desportivo e que quer terminar entre os oito primeiros da Liga.

“Na vertente desportiva não tivemos o sucesso pretendido. O 14.º lugar foi tudo menos bom”, disse Simões, alertando que, com a sua direcção “a Académica jogará sempre na Liga”, até porque “cair numa 2.ª divisão pode ter consequências fatais”, para mais “quando falta suporte de apoio, nomeadamente da autarquia”.

O tema da falta de verbas atribuídas pela autarquia foi mesmo o que mereceu a maior discussão, com o associado João Francisco Campos a afirmar que “quando se fala do apoio que a câmara paga à Académica, convém lembrar que esta paga por ano dois milhões de euros de empréstimo contraído para a construção do Cidade de Coimbra e a Académica não paga nada à câmara para utilizar o estádio”, acrescentando que “a câmara cedeu um terreno à Académica para a construção da academia e umas bombas de gasolina, que renderam cerca de um milhão de euros”.

Simões respondeu que “este é o melhor acordo conseguido por uma autarquia para gestão de um estádio municipal”, uma vez que “todas as outras pagam muitíssimo mais para conservação”.

O dirigente deu ainda a conhecer que a Académica fez uma proposta à Universidade de Coimbra para a comparticipação na requalificação do Estádio Universitário de Coimbra, para “poder depois utilizar aquele espaço que tem uma bela história e ligada intimamente à Académica”.

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