Foto Carlos Jorge Monteiro

O julgamento do jovem estudante de Medicina, que no início de setembro de 2010 assassinou a mãe, foi adiado para depois das férias judiciais. Inicialmente previsto para a próxima sexta-feira, dia 24, o início do julgamento foi transferido para as 09H30 do dia 23 de setembro no Tribunal de Coimbra. A mudança prendeu-se com o facto de um relatório solicitado pelo tribunal estar atrasado, o que levou a que o presidente do coletivo tivesse optado por passar o julgamento para dois meses depois da data inicialmente marcada.

Luís Castanheira está acusado pelo Ministério Público da prática de homicídio qualificado na madrugada de 7 de setembro de 2010, incorrendo numa pena que pode ir dos 12 até aos 25 anos de prisão. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o jovem estudante de Medicina praticou o crime contra a mãe por um motivo fútil, tendo agido de modo traiçoeiro e premeditado o ato durante vários dias.

“Jovem assumiu a sua culpa no homicídio da mãe”

No primeiro interrogatório, Luís Castanheira começou por contar os seus passos nos dias que antecederam o crime, omitindo a prática do crime de homicídio. Mas depois de ter refletido “melhor sobre o que passou”, o jovem estudante de Medicina entendeu que deveria “fornecer novos elementos sobre a factualidade, assumindo a sua culpa no homicídio da mãe”.

Naquela madrugada, Luís Castanheira golpeou por diversas vezes a mãe na zona do pescoço e tórax, usando a outra mão para encostar a almofada à cara da mãe, limitando desta forma a capacidade de defesa da médica do Centro de Saúde Norton de Matos. Depois de se certificar que Eugénia Madeira já se encontrava morta, simulou um assalto e dirigiu-se para a Figueira da Foz.

Refira-se que este será um julgamento de júri. Os elementos que compõem o júri estão escolhidos. Os quatro jurados efetivos são uma estudante de Direito, um professor do ensino secundário, uma ex-trabalhadora da indústria têxtil (reformada) e um empregado de escritório.