Diretora e treinadora agridem jovem atleta do remo da AAC

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Uma diretora e uma treinadora da secção de remo da Associação Académica de Coimbra (AAC) agrediram esta segunda-feira (27), à hora de almoço, uma das atletas que se encontrava no estágio de Avis.

Segundo a mãe da atleta, que esta terça-feira (28) entregou uma queixa na PSP, a jovem participou num estágio da secção e, no último dia, atrasou-se para o almoço.

Como tal, a diretora e a treinadora, mãe e filha respetivamente, decidiram castigar a sua educanda obrigando-a a fazer cerca de três quilómetros a pé “na hora de maior calor”. A punição atingiu outras duas crianças – uma delas com problemas respiratórios – e que, de acordo com esta encarregada de educação, ter-se-á sentido mal no percurso para a zona da refeição.

Chegada a este local, a jovem atleta de 15 anos demonstrou a sua discordância em relação à punição, tendo, segundo a treinadora, sido “extremamente mal educada” e, por outro lado, “virado as costas” quer à diretora quer à treinadora. No quarto, a atleta sentiu-se mal, caindo entre as duas camas. Chegadas ao local, a diretora e a treinadora não terão tido em conta o que sucedeu com aquela atleta tendo, segundo a mãe, pontapeado e dado murros à sua filha, que também respondeu.

Depois de almoço, toda a comitiva seguiu para Coimbra, tendo à chegada a treinadora explicado a situação à mãe. Perante a explicação dada, a progenitora deu “duas bofetadas” à filha pelo ato incorreto tido em Avis. “Como eu acho que a minha filha não é violenta, fiquei desorientada e bati-lhe”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS.

Só que a filha continuou a reclamar inocência, tendo solicitado à mãe para que ouvisse outra treinadora, que terá confirmado a versão da atleta. Conhecida a história, a progenitora quis logo ali tirar a história “em pratos limpos”, mas optou por ontem se dirigir à PSP onde apresentou queixa contra a diretora e treinadora da filha, bem como se dirigiu à Medicina Legal para fazer testes médicos. “Lamento toda esta situação. Mas, perante o sucedido, ambas não têm perfil para estarem nos cargos que exercem”, disse a mãe.

A treinadora, contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, referiu que a atleta foi extremamente indelicada com ela e com a mãe (diretora) e que tentou dar-lhe uma bofetada, tendo apenas conseguido agarrar-lhe pela camisola. “Bateu-lhe mais a mãe que eu”, garantiu, tendo-se mostrado descansada relativamente à queixa que a mãe apresentou.

Sobre a punição dada, a treinadora referiu que as regras são para cumprir e, como tal, “apesar de me ter custado muito, não me posso esquecer que sou treinadora e educadora”.

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