Pinto Balsemão marcou presença esta terça-feira no jantar em Coimbra de Pedro Passos Coelho. Num Pavilhão Multidesportos Mário Mexia completamente cheio – de tal forma que a organização teve de improvisar vários porcos no espeto no exterior do recinto -, o fundador do PSD reclamou que tem “uma grande equipa para liderar Portugal” e que abriu o PSD à sociedade.
O presidente do PSD repetiu que só não aceita “saladas russas, divisões de responsabilidades” no Governo, “isso não”, acrescentando: “Nós cooperaremos com toda a gente. E faremos um Governo para todo o país e para todos os portugueses, não é um Governo para o PSD”
Antes, Pinto Balsemão não poupou nas palavras. “José Sócrates está queimado, os truques do velho ilusionista estão vistos e revistos, já não pegam”, afirmou. Depois de sublinhar a coerência do PSD, notando que “nem o esquerdismo tardio do doutor Portas nem o conservadorismo serôdio do engenheiro Sócrates” farão os sociais-democratas mudar de rumo, o empresário apontou as diferenças entre os dois principais partidos portugueses.
“Quero salientar uma: Para dirigir, orientar e inspirar a grande mudança e a enorme moralização de que Portugal urgentemente necessita é indispensável ter um líder”, declarou, já depois de deixar elogios ao programa “claro, “corajoso” e “capaz de moralizar Portugal” apresentado pelo PSD.
“Pedro Passos Coelho não precisa de pôr-se em bicos dos pés para se impor, a sua autoridade tranquila contrasta suficientemente, contrasta totalmente, com os truques que já não pegam do grande mas velho e usado ilusionista e que também contrastam com a dificuldade de olhar olhos nos olhos do líder do CDS”, salientou.
Depois da “sopa”, segunda e última ronda de discursos. João Paulo Barbosa de Melo, atual presidente da câmara, criticou a governação de José Sócrates e, mais concretamente, aquela que tem a ver coma sua cidade. O autarca disse que é chegada a altura de deixarmos de ser “um país de pedintes”, sendo na sua opinião essencial estabelecer um novo rumo para Portugal.
Marcelo Nuno, presidente da distrital, traçou o quadro negro económico do país e a consequência de seis anos de governação socialista no distrito. Reabilitação Urbana, Saúde, Transportes e “Metro da Lousã”, como lhe chamou, foram os exemplos citados, reconhecendo que não é possível “pactuar mais com isso”.
O líder da jota nacional, Duarte Marques, não perdeu a oportunidade de gritar “Briosa” – algo que não fez no discurso de eleição no congresso realizado em Coimbra – e efetuar duras críticas ao primeiro ministro. Aliás, “na hora da mudança, Coimbra tem mais encanto”.
José Manuel Canavarro, candidato pelo círculo eleitoral de Coimbra, enunciou três boas razões para votar no PSD. Pedro Passos Coelho é a primeira, a falta de palavra do PS é a segunda e, em último lugar, a necessidade do país mudar de rumo. Dirigindo-se para os seus antecessores, o docente universitário garantiu que os deputados do PSD eleitos por Coimbra tudo irão fazer para que o distrito entre no rumo “do desenvolvimento”.
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