Mário Esteves é vice-presidente da Associação de Hotelaria e Restauração do Centro (AHRC) e um dos mais conhecidos empresários figueirenses do setor.
A AHRC está zangada com a câmara?
Não está zangada, está magoada. Todos os empresários da restauração e hotelaria da Figueira da Foz estão seriamente magoados com a câmara, por causa da ação da FGT.
Essa mágoa deve-se ao fim da Figueira Gastronómica?
Sim, também. Sobretudo por ter acabado de forma abrupta e sem terem dado conhecimento aos parceiros. Não sentimos que o nosso setor esteja a ser respeitado como merece.
A FGT estava a comparticipar lucros dos restaurantes com o dinheiro dos munícipes…
É para isso que ela existe, ou seja, para promover e apoiar o turismo. Ao incentivar e apoiar festejos populares (a Festa da Sardinha do Coliseu Figueirense e outros), está a promover a concorrência desleal.
Ou seja, não concorda que a FGT apoie eventos sem fins lucrativos…
Têm fins lucrativos, porque cobram dinheiro! E pergunto: que postos de trabalho garantem, qual o destino das receitas geradas? Que impostos pagam? Que exigências de qualidade e higienização cumprem?
A AHRC defende a extinção da FGT?
Olhando para os concelhos limítrofes que não têm empresas municipais de turismo, não vejo razão nenhuma para a continuidade da FGT. Há duplicação de gastos. Acho que não faz