Sócrates alerta em Coimbra para conflitos sociais caso PSD ganhe eleições

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O secretário-geral do PS alertou no comício de Coimbra que uma eventual aplicação do programa político do PSD poderá causar em Portugal conflitos sociais graves.

Num pavilhão da Académica/OAF muito bem composto de público – nas hostes socialistas dizia-se mesmo que o comício conimbricense foi, até ao dia de sexta-feira, o melhor da campanha eleitoral -, José Sócrates insistiu que o PSD tem o programa mais radical de sempre no plano da direita. No fundo, para “aproveitar a estada do Fundo Monetário Internacional e impor uma agenda ultraliberal”.

Apesar da voz rouca, o líder socialista fez poucas ou quase nenhumas referências ao distrito, optando por trazer para o discurso temas como as Novas Oportunidades, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou o ensino público. Foi aqui que Sócrates lembrou que algumas das 90 escolas secundárias que receberam obras de remodelação são de Coimbra. Investimento que, garantiu, vai prosseguir caso o PS continue no Governo. Aliás, o secretário-geral do PS aproveitou o tema para lançar mais uma farpa ao PSD e a Pedro Passos Coelho: “diz que são investimentos sumptuosos. Afinal, se ele não quer investir na educação, afinal onde é que ele quer investir?”.

Antes, Manuel Alegre defendeu que em caso de derrota o PS deve ir para a oposição e “não ser pau de cabeleira da direita, que é a direita mais radical que vimos desde o 25 de abril”. O antigo candidato presidencial aproveitou para mostrar que está ao lado de Sócrates. “Eu, que muitas vezes tive divergências com José Sócrates, estou aqui hoje com ele, porque ele defendeu Portugal nesta crise, não fugiu nem desistiu, está no combate e a dar a cara”, disse.

Ana Jorge, cabeça de lista pelo círculo eleitoral, voltou mais uma vez a criticar as propostas para a saúde por parte do PSD, a quem acusou de “querer transformar o SNS num serviço nacional para pobres e canalizar o dinheiro dos nossos impostos para financiar em pé de igualdade o setor privado”.

Foi Mário Ruivo que centrou o seu discurso nas questões do distrito. O investimento governamental no distrito e as mudanças registadas após seis anos de poder socialista foram os destaques, não tendo esquecido mesmo o polémico Metro Mondego. “Um projeto com a marca PS e que será uma realidade no futuro”, garantiu.

O Sistema de Mobilidade do Mondego acabou por marcar o período pré-comício. Como tinham decidido na reunião do Movimento Cívico de Miranda e Lousã, alguns elementos foram manifestar-se à reunião socialista. Quando se preparavam para desembrulhar as faixas do protesto, na zona do antigo restaurante, um elemento do PS foi dizer-lhes que não o podiam fazer naquele local e que teriam de ir para fora da zona de estacionamento do pavilhão. O que fizeram, de forma ordeira, tendo depois recebido a solidariedade um militante base do partido. Campos Coroa disse que estava solidário com a luta dos mirandenses e lousanenses e que não concordava com o gesto tido “por Horácio Antunes”.

O que é certo é que, com esta nova localização, o movimento não conseguiu chegar à fala com o secretário-geral do PS, tendo pouco depois do início do comício “levantado” o protesto.

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