Editorial: Paulo Marques
Já há listas de candidatos a deputados. Há dias, analisei, aqui, os partidos do centro. Agora, com os nomes escolhidos e ordenados, vale a pena voltar ao assunto.
Da lista do PS, já quase tudo foi escrito: Mário Ruivo “troca” um escalonamento à sua medida pela repetição de Ana Jorge. E ainda consegue convencer dois “pesos pesados”, como António Arnaut e Arménia Coimbra, que conferem credibilidade acrescida ao elenco.
Já no caso do PSD, a análise do trabalho de Marcelo Nuno (e também de Paulo Júlio) envolve outros fatores de ponderação.
Desde logo, a garantia de que o cabeça de lista é de Coimbra, escolhido por Coimbra e imposto por Coimbra. O que valeu ser um dos três únicos distritos com primeiro candidato “próprio” e o “empurrão” da figura nacional para o terceiro lugar.
Depois, a aposta na manutenção de dois nomes que, eleitos em 2009, não estiveram ao lado da nova direção do partido e, num dos casos (Pedro Saraiva), nem sequer esteve com a nova Distrital. Ambos, porém, fizeram um bom trabalho enquanto deputados, tal como o reconhecem os seus pares.
A opção foi, portanto, pela qualidade. Para trás, portanto, parecem ter ficado velhos hábitos no PSD – e, de uma forma geral, em todos os partidos: o ajuste de contas e a lógica de mercearia.
É claro que, com tudo isto, houve um pequeno tumulto lá para a Figueira da Foz, onde até já se demitiu um vice-presidente da Concelhia. Mas isso é assunto para uma análise à parte.
Cá voltarei.