Humor inglês

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Ainda não há muito tempo os ingleses nos mimosearam com a expressão PIGS, referindo-se aos Países em risco de não cumprirem os compromissos com Bruxelas e que necessitariam de recorrer à ajuda externa; independentemente do significado deste acrónimo que é ofensivo para todos nós, ilustra bem a imagem que Portugal tem hoje nos mercados.

Nos últimos 10 meses, o “rating” da República baixou quatro vezes na Standard & Poor’s, três na Fitch e duas na Moody’s; independentemente da justeza ou não, significa que os mercados percepcionam que Portugal terá que pedir ajuda, que esta irá para lá de 2013 e que os nossos credores poderão perder dinheiro. A descida do “rating” dos principais Bancos é também muito preocupante, associada ao facto de a nossa Banca não conseguir ir aos mercados há 13 meses.

Por mais que o Primeiro-ministro e o Governo queiram alijar responsabilidades, são os únicos responsáveis por esta situação. Ainda na quinta-feira, a 31 de Março de 2011, o valor do défice estimado para 2010 foi colocado em causa, os dados do INE vêm dizer que este não foi de 7,3%, mas sim de 8,6%, um erro grosseiro de mais 2.250 milhões de euros; realce-se que o Governo dizia que o valor podia ser menor, ir para 6,8%, o que dá um erro de 3.120 milhões de euros.

Estas correcções derivam da contabilização de ajudas às empresas de transportes públicos, REFER e Metro do Porto e Lisboa, mais 631 milhões em 2007, 862 em 2008, 883 em 2009 e 793 em 2010, para além do BPN com 1800 milhões e uma garantia de 450 milhões do BPP.

A reacção dos mercados não se fez esperar, mais uma subida das taxas de juro da dívida pública, mais um descida do “rating” da República, será que também este resvalar das contas é culpa da oposição?

O que fica para a história destes seis anos de Governação socialista é que Portugal está mais pobre, mais endividado, com uma taxa recorde de desemprego, mais vulnerável do ponto de vista financeiro, em recessão, com uma enorme crise social, é por tudo isto que o PS e o Primeiro-ministro têm que ser julgados, não vale a pena branquear a péssima actuação dos últimos anos. Cabe ao PSD denunciar as responsabilidades e apresentar um programa de verdade que mobilize os Portugueses para uma mudança de vida. A solução não está na sugestão humorística, também apresentada pelos ingleses, de Portugal ser integrado no Brasil, passando a ser mais um estado, mas certamente que implicará o assumir dos compromissos de Portugal, designadamente no controlo do défice, apostar no crescimento económico e ajudar os mais desfavorecidos. A sugestão humorística dos ingleses não é despicienda, o aprofundamento da relação económica de Portugal com os Países que falam Português será um caminho. Num momento de “depressão”, há que ter esperança numa nova solução que só o PSD pode proporcionar.

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