Numa viagem ao Portugal dos anos 60, em domínios tão diversos como a Educação, Cultura, Saúde, Protecção Social, Família, e modos de vida, sentiríamos uma estranha perplexidade em relação ao que víssemos, pois que desde essa data o panorama político, cultural, social e económico do País mudou radicalmente.
Por exemplo no domínio do ensino, a “Escola para Todos” alargou-se quer em termos de tempo de permanência, e de quem a frequenta, e foi no pré-escolar e no ensino superior que se registaram as evoluções mais expressivas.
O país nunca teve tantos diplomados pelo Ensino Superior como hoje. A Educação deixou de ser, um luxo ou privilégio de alguns, para ser uma necessidade e um direito de todos.
O número de escolas públicas e privadas, o número de bibliotecas, museus, centros de arte, casas culturais, aumentou de forma inaudita, em parte devido às parcerias entre a Administração Central e Local, o que representa uma “pequena revolução cultural”.
É um facto que apesar de tudo isto, novas realidades de mudança emergem, quanto à empregabilidade dos jovens para os quais todos devemos estar atentos e com responsabilidades partilhadas.
O Comité das Regiões, Comissão EDUC em Janeiro pp., acolheu favoravelmente a iniciativa da Comissão Europeia intitulada “Juventude em Movimento”, cujo objectivo geral é estabelecer um ambicioso quadro estratégico que visa melhorar a mobilidade e a educação dos jovens Europeus, e a sua inserção no mercado de trabalho.
Pela primeira vez a Comissão Europeia, criou um plano de acção para a juventude unindo os aspectos de educação aos do emprego.
Para que os jovens se possam inserir mais facilmente no mercado de trabalho e tirar o máximo “partido” das suas potencialidades, têm que melhorar os seus conhecimentos e competências escolares, adequados às actuais exigências da empregabilidade.
A iniciativa da Comissão Europeia “Juventude em Movimento” destina-se a criar opções de mobilidade na UE, mas são os jovens que devem em primeiro lugar tomar as decisões sobre esta matéria.
A mobilidade de estudantes e jovens dentro da UE é importante para a sua experiência profissional e pessoal, e por isso programas que promovam essa mobilidade deverão ser prolongados e reforçados para além de 2013 quando forem elaborados os futuros programas-quadro.
Jovens com níveis de escolaridade elevados, deverão estar no centro da mobilidade e para aqueles que não frequentam cursos universitários e que provêm de meios sociais desfavorecidos, devem ser tomadas medidas específicas para que também eles possam beneficiar destes programas europeus.
Estas medidas devem abranger iniciativas de informação e até auxílios financeiros, ajustados às necessidades dos jovens no novo quadro comunitário.
O Poder Local e Regional devem ter neste âmbito um papel de estimularem a mobilidade com acções de aconselhamento e sensibilização para os pequenos projectos de ajuda e devem ter em conta o alojamento para estudantes no âmbito da futura afectação de fundos estruturais.
O Comité das Regiões no seu parecer destaca a necessidade dos procedimentos simplificados de coordenação da segurança social, na medida em que os jovens trabalhadores venham ter acesso a empregos e a um período de trabalho que lhes dê garantia de direitos de pensões.