O SOS Movimento Educação considerou esta terça-feira (22) que o relatório que sustenta a decisão do Governo de alterar os contratos de associação com escolas privadas utiliza dados que “na maioria dos casos estão errados”.
“As conclusões retiradas da análise estatística são, no mínimo, levianas”, afirma o movimento num estudo apresentado em Coimbra, e que vai fazer chegar às forças políticas no sentido de, em sede parlamentar, poder ser contrariada a estratégia do Ministério da Educação.
João Asseiro, um dos dirigentes do movimento que apresentou o trabalho, sustentou que “há uma questão de cariz ideológica que suporta esta decisão”, que é a de o Estado se querer assumir como “senhor e dono da educação”, ocupando o espaço das escolas privadas, e ignorando o seu papel ao longo de quatro décadas.
“Os pais têm de ter capacidade de dizer não”, exortou, frisando que a opção por uma escola em detrimento de outra foi pelo seu projeto educativo para o ensino obrigatório.
“Estou crente que ainda é possível inverter este processo”, disse, frisando que o estudo agora apresentado, embora aponte falhas no relatório encomendado pelo Ministério da Educação ao docente da Universidade de Coimbra António Rochette, “também aponta alguns caminhos”.