A distribuidora Lusovini lança amanhã (3) a marca Flor de Viseu, que pretende recuperar o valor dos grandes vinhos do Dão da década de 60, quer ao nível do perfil vínico, quer de imagem.

Na opinião de Casimiro Gomes, presidente da empresa, o Dão tem de “recuperar o que foi o valor do passado” e é isso que a Lusovini pretende com o lançamento do tinto Flor de Viseu, colheita de 2009, cujo rótulo é dominado pela palavra Dão e tem uma flor de cardo, usada como coagulante no queijo Serra da Estrela, produto endógeno que quer agregar a esta marca.

Para Casimiro Gomes trata-se de um vinho “baseado em vinhas velhas, com as castas tradicionais, em que a vinificação foi até ao fim, não deixando açúcares residuais no próprio vinho”, e que tem “uma acidez muito equilibrada” que o torna “altamente gastronómico”, acompanhando quer pratos da gastronomia nacional, quer mundial.

“É um vinho que pode estar anos na garrafa, que vai evoluir certamente muito bem, criar complexidade”, explicou, acrescentando que não é destinado a “um mercado popular”, mas a pessoas “que procuram coisas distintas”.

A Lusovini não é dona das vinhas que produziram as uvas para este vinho – onde predominam as castas Alfrocheiro, Touriga Nacional e Tinta Roriz – mas associou-se a produtores de Penalva do Castelo, Nelas, Silgueiros, Vila Nova de Tázem, Tondela e Carregal do Sal, conseguindo assim fazer “um ‘mix’ da região”.