Geração à rasca e a liberdade de manifestação

Spread the love

Luís Santarino

Parece ter-se tornado moda, tentar achincalhar o Primeiro Ministro em toda e qualquer situação. Seja na sua actividade governativa, como na sua qualidade de Secretário-Geral do Partido Socialista.

Se se pode entender a forma acintosa com que é recebido em várias ocasiões, por não agradar a alguém em particular, ou a alguma corporação, percebe-se. Mas tudo tem um limite. Imposto não por mim, nem pelo próprio, mas pela ética democrática a que todos estamos obrigados.

Dia 12 há manisfestações pelo País, e bem, organizadas por um movimento intitulado “Geração à Rasca”! Deverá ter por fim alertar os governantes e, mais do que os governantes, o País, para a situação dos mais jovens.

Quem como eu tem filhos em idade escolar não pode deixar de estar preocupado com o seu futuro. Dos meus e dos outros. Porque o País não se faz só com os meus.

Servirá sobretudo como um alerta aos partidos políticos e suas juventudes partidárias que, afinal, não representam ninguém do país real, mas tão só a si mesmos e à sua pequena organização.

Aborrecem-se os jovens, por perceberem que em certos momentos do seu crescimento, nomeadamente quando estão perto de entrar no mercado de trabalho, é mais fácil aderir a um partido político, de preferência no poder ou ter apetência, e alinhar com a maioria.

A subversão democrática existente entre nós, em Portugal, é um facto indesmentível. Mas felizes os que, pelo seu pé, conseguem encontrar o seu destino. Ficar somente a dever ao seu esforço, à sua capacidade de trabalho e à sua inteligência e determinação, a conquista de um posto de trabalho.

Tenho pena dos jovens que, pela mão do progenitor, alcançam lugares a que por direito seria de um outro qualquer mais qualificado. No futuro vão ser uns frustrados, porque não se sentirão bem, sempre que tiverem de se olhar no, e, ao espelho!

Por isso, cada vez mais defendo uma maior transparência dos processos de contratação para a administração pública. Os cidadãos estão fartos de brincadeiras de mau gosto. O País atravessa uma crise profunda. Muitos jovens procuram trabalho fora de Portugal, como muitos dos nossos antepassados na Europa e nas ex-colónias.

Hoje o mundo é global e tudo está diferente. A cada dia que passa tudo se modifica. É preciso coragem para encontrar soluções. Em Portugal, ou fora. Porque a nossa terra é onde trabalhamos. Ficar parado não é a solução.

Esta juventude precisa de ser ajudada. A primeira ajuda será, todos se sentirem iguais! Isso não depende de cada um. Depende do Estado que somos todos nós. É a ele e a mais ninguém que compete regular, estar vigilante e actuante, para corrigir as injustiças.

Os jovens são o futuro. Por isso se manifestam. Já agora e para acabar, será que alguém me consegue dizer quem lidera este movimento? Curiosidade.

2 Comments

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.