Conceição Ruivo é presidente da Associação de Amizade e das Artes Galego-Portuguesa. A artista plástica figueirense acaba de ser expulsa da Magenta, que também presidiu, onde se mantinha como sócia.
P- A que se dedica a Associação de Amizade e das Artes Galego-Portuguesa?
R- A associação tenta promover os artistas plásticos, para que os que não são tão famosos consigam chegar a um patamar onde já se encontram os mais famosos, através de exposições, workshops.
P- Quantos sócios tem a associação?
R- Temos 250, dos dois lados da fronteira. O próprio nome da associação pressupõe que os artistas vão expandir-se, que vão pintar e expor em Espanha, e isso faz com que muita gente adira. Fui a Lisboa fundar a associação, há um ano, com apenas 12 sócios portugueses. Do lado de lá da fronteira, já haveria uns 30. A adesão está a ser constante. Temos sócios de quase todo o mundo.
P- Foi presidente da Magenta, ao mesmo tempo que fazia a aproximação à associação que agora dirige. Não teve um final de mandato pacífico…
R- Não havia conflitos de interesses. Consegui trazer a associação galega à Figueira da Foz e levar a Magenta à Galiza. Tentei sempre unir as duas associações e nunca houve problemas. (…) Houve uma certa divergência entre pessoas (da direção da Magenta).
P- Deixou de ser sócia da Magenta?
R- Continuei a ser sócia até há poucos dias.
P- Tomou a iniciativa de sair?
R- Demitiram-me. Ou melhor, correram comigo. A direção decidiu alterar uma alínea dos estatutos para me expulsar. Em outubro fui convidada a demitir-me, alegando que eu não podia pedir apoios à Câmara da Figueira da Foz porque estava a prejudicar a Magenta. Mas eu disse que não saía, porque estou com a Magenta desde o início. Em fevereiro, finalmente, conseguiram correr comigo.
Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra em www.asbeiras.pt, a partir das 19H30 de hoje, e no programa “Clube Privado” da Foz do Mondego Rádio (99.1FM), às 19H00 de hoje e de amanhã e às 22H00 de domingo.