CGTP está a fazer estudo científico sobre os acidentados de trabalho

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Foto Luís Carregã

A CGTP está a desenvolver um estudo científico sobre o percurso, aos mais diferentes níveis, dos acidentados de trabalho em Portugal após os sinistros, revelou, em Coimbra, o secretário-geral da organização sindical, Carvalho da Silva.

“Queremos saber melhor o que acontece aos acidentados de trabalho”, para se entender bem “este problema de dimensão enorme”, sublinhou o líder da CGTP, que falava, em Coimbra, no encerramento de um encontro sobre reparação dos acidentes de trabalho, com dirigentes sindicais e técnicos de várias organizações dos distritos de Castelo Branco, Coimbra e Guarda.

A prevenção dos acidentes de trabalho é para a CGTP “uma questão central”, mas, para a promover, é necessário “perceber bem o que acontece aos acidentados de trabalho, após os acidentes”, salientou, em declarações à agência Lusa, à margem do encontro, Carvalho da Silva.

Para o líder da Intersindical, importa compreender o comportamento das empresas e das companhias de seguro ou o modo como as vítimas daqueles acidentes são reintegradas no trabalho e na sociedade.

“A morte é menos respeitada no mundo do trabalho do que fora dele”, afirmou Carvalho da Silva, referindo, designadamente, que “os acidentes de trabalho matam mais do dobro do que os conflitos armados” e provocam quase o triplo dos feridos.

Em Portugal morrem, em média, duas pessoas em cada três dias, em resultado dos acidentes de trabalho, que, por outro lado, provocaram, em 2006, na União Europeia, um total de cerca de 167 mil mortes e “incapacidades diversas” em cerca de 300 mil pessoas.

Na intervenção que fez na sessão de encerramento do encontro, Carvalho da Silva sustentou que a “responsabilidade social” é “a continuidade dos direitos fundamentais” e não a sua “substituição”.

Muitas vezes, no entanto, as empresas, particularmente “as grandes empresas dão uma imagem de respeito pela responsabilidade social”, mas, acusou, “desrespeitam os direitos fundamentais”.

O encontro foi promovido pela União de Sindicatos de Coimbra/CGTP, na sequência do projeto de lei que regulamenta o regime da reparação dos acidentes de trabalho e doenças profissionais.

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