Um turbilhão de energia invadiu ontem o desfile de Carnaval, em Santo António dos Olivais. A chuva cumpriu a ameaça, mas nem isso afastou os foliões .

Durante mais de duas horas, os mais de 600 figurantes que integraram os 20 grupos participantes animaram o corso, deram cor às ruas, arrancaram sorrisos e roubaram alguns pés de dança. Mas não faltou a sátira, quase sempre sob o lema principal da crise económica.

A circular no desfile esteve também uma réplica, em papel, do Metro Mondego, onde lia: “Metro, só a brincar”.

Reis distribuíram simpatia

Pela primeira vez, o corso carnavalesco teve um rei. Telmo Melo, jovem mágico de Coimbra juntou-se à rainha, Rita Coutinho, estudante de Organização de Eventos, na escola profissional Profitecla. Nenhum deles regateou sorrisos ou boa disposição.

Cortejo com tradição

Minutos antes do cortejo ter início, o presidente da junta, Francisco Andrade, recordava a projeção que o Carnaval tinha em Coimbra, por exemplo, em 1912. “Essa tradição deve “renascer” na cidade”, dizia. O autarca pode, no entanto, orgulhar-se de ter sido ela a retomar a tradição. Ao longo destes cinco anos, o corso carnavalesco, organizado pela junta, tem vindo a transformar-se no mais famoso cortejo de Carnaval de Coimbra.

A julgar pela alegria que ontem invadiu as ruas da freguesia, a tradição pode voltar a ser o que era.