João Azevedo
Várias medidas têm sido apontadas pelo governo de José Sócrates para enfrentar os desafios que o país enfrenta.
Entre muitas, as apostas nas energias renováveis, na educação e na competitividade têm sido desígnios deste Governo com vista a tornar Portugal um país mais moderno.
Numa altura em que é necessário ponderar que tipo de investimento público devemos fazer, não restam dúvidas que as apostas nas energias renováveis e na educação são apostas mais do que acertadas e que começam a dar os seus frutos.
O investimento nestas áreas traduz-se num bom investimento gerador de produtividade, emprego e economia, combatendo a actual crise, ao mesmo tempo que tem no médio longo prazo o objectivo de tornar Portugal mais bem preparado para enfrentar os desafios do futuro.
Na eficiência energética, Portugal tem estado na vanguarda do investimento nas energias renováveis, nomeadamente na eólica e na hídrica. Com a estratégia adoptada em matéria de energias, Portugal tornar-se-á a médio prazo um país com menor dependência energética.
O investimento na educação e na requalificação do parque escolar é também um bom investimento. Um investimento que estimula o emprego e a economia e que ao mesmo tempo produz um retorno efectivo em capital humano. Um melhor parque escolar induz melhores condições de ensino e por sua vez maior sucesso educativo preparando jovens mais bem formados e qualificados. O Relatório PISA 2009 atesta o esforço que tem vindo a ser feito pelo Governo quando faz referência aos sinais muito positivos do desempenho dos alunos portugueses.
Ao esforço e às medidas de coragem na educação está também inerente outro indicador tornado recentemente público: Portugal é dos países que mais cresceu no Ranking Europeu da Inovação. Com a aposta clara do Governo de Sócrates na investigação e desenvolvimento e no fomento de medidas que promoveram o aumento de jovens com o ensino secundário e de novos doutorados, Portugal consegue nos últimos quatro anos subir sete lugares no ranking e ficar à frente de países como a Espanha e Itália.
Falo nestas duas medidas especialmente porque são medidas que têm um significado especial numa altura de crise. Trata-se de investimento pró-activo, bom investimento. Trata-se de investimento com uma dupla faceta. A de combater a crise promovendo o emprego, a produtividade e a economia e por outro lado a de modernizar o país tornando mais eficiente e competitivo.
Por isso investe-se hoje no futuro combatendo os desafios do presente com forte investimento em áreas determinantes para termos um país melhor.