Conselho Geral elege hoje o novo reitor da Universidade de Coimbra

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Foto Luís Carregã

O Conselho Geral da Universidade de Coimbra reúne-se hoje, a partir das 11H00, para “exclusivamente proceder, por voto presencial e escrutínio secreto, à eleição do reitor”. De acordo com o número dois do artigo 8.º do regulamento eleitoral, “considera-se eleito o candidato que obtenha os votos favoráveis da maioria absoluta dos membros do Conselho Geral em efetividade de funções”.

Ou seja, o candidato vencedor tem sempre que obter 18 votos dos 35 elementos que compõem o conselho geral. Se tal não acontecer na primeira volta da votação, o ponto 3 do artigo 8.º refere que a segunda votação na reunião do Conselho Geral incidirá apenas “sobre o (candidato)mais votado na primeira”.

A escolha dos 35 membros do Conselho Geral dividir-se-á sobre dois candidatos. De um lado, Cristina Robalo Cordeiro, atual vice-reitora e professora da Faculdade de Letras. Do outro, João Gabriel Silva, diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

Na audição pública, realizada há uma semana atrás, a atual vice-reitora enunciou a cultura como “um pilar fundamental” do ensino superior, a adicionar à investigação, ensino e extensão. A catedrática da Faculdade de Letras assumiu ainda “o compromisso de repensar” o Processo de Bolonha (que visa a uniformização dos títulos académicos na Europa), “corrigindo o que está a funcionar menos bem” e criando uma estratégia própria: a “estratégia de Coimbra”. Dar mais peso à investigação, melhorar a atratividade da instituição e incentivar a qualidade foram outras das propostas avançadas. Sobre o modelo fundacional, Cristina Robalo Cordeiro afirmou que se trata de uma questão que tem de ser discutida, mas sublinhou que o Conselho Geral “saberá conduzir essa discussão”.

João Gabriel Silva, na audição de há uma semana atrás, defendeu a importância da afirmação da Universidade de Coimbra no espaço europeu, frisando que isso obriga a “patamares de exigência, qualidade e iniciativa claramente superiores” aos que se tem de responder quando se está no contexto nacional ou lusófono. “O sistema de financiamento das universidades tem pecado por uma grande instabilidade, a capacidade de planeamento é extremamente limitada. Estou genuinamente convencido de que, se formos capazes de responder ao desafio de sermos um motor de desenvolvimento da sociedade, a sociedade dar-nos-á os recursos necessários”, disse. Sobre o modelo fundacional, o candidato preconizou que qualquer decisão sobre esta matéria cabe ao Conselho Geral.

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