Auxiliares de acção médica no IPO de Coimbra em luta!

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Eles acompanham os utentes nas camas dentro e fora do hospital. Eles empurram as cadeiras de rodas. Eles apoiam o utente na sua mobilidade.

Elas limpam os quartos dos doentes e os corredores dos serviços. Elas apoiam a higiene dos doentes.

Elas dão o pequeno-almoço aos doentes. Elas dão a sopa, o lanche e o jantar.

Elas fazem as camas dos utentes. Elas limpam e desinfectam todos os espaços. Elas limpam o chão e apanham o lixo.

Elas preparam e esterilizam os materiais médicos.

Elas apanham as roupas sujas e entregam-nas na lavandaria. Elas vão buscá-las à lavandaria e fazem a sua distribuição. Eles são mensageiros e transportam os processos dos utentes.

Elas transportam e distribuem equipamentos, balas de oxigénio, aparelhos médicos para exames. Elas repõem materiais em falta.

Elas transmitem às equipas de saúde as ocorrências e anomalias no serviço.

Elas respondem à aflição e à solidão da campainha.

Elas apoiam os cuidados pós-mortem e transportam os corpos para a morgue.

Elas ouvem o choro das famílias.

Elas fazem o turno da noite, o turno da manhã e o turno da tarde.

Elas trabalham ao sábado, ao domingo, nos feriados.

Eles trabalham no Natal, na passagem de ano, no Carnaval, na Páscoa, no 25 de Abril, no 1.º de Maio.

Eles fazem isto tudo e levam no fim do mês para casa pouco mais que 400 euros.

São auxiliares de acção médica, a quem o actual Governo PS deu o nome de “assistentes operacionais”. Esta mudança de nome não foi por acaso: foi à boleia da dita polivalência e flexibilidade de funções, que é como quem diz, aumentar a exploração, cortar nos salários, retirar direitos conquistados pela luta dos trabalhadores.

Aproveitando esta boleia, o Governo e o Conselho de Administração do IPO de Coimbra desde Maio de 2009 não pagam o subsídio de turno e o trabalho suplementar a estes trabalhadores (mais de 100€ num salário magro de pouco mais de 400€), defendendo que não são uma carreira específica do sector da saúde. Estes trabalhadores são indispensáveis para manter as portas do IPO de Coimbra abertas, e assegurar os cuidados de saúde prestados: se não são trabalhadores do sector da saúde são o quê?

A luta destes trabalhadores vai continuar. O PCP continuará a estar ao seu lado.

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