Foto Jot'Alves

António Mendonça inaugurou ontem o prolongamento do molhe norte. O ministro das Obras Públicas, fazendo-se acompanhar do secretário de Estado Paulo Campos, realçou a importância da obra e o papel que o porto comercial da Figueira da Foz desempenha no contexto portuário nacional. “Um investimento vital para o nosso concelho”, classificou o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde.

“Os investimentos decorrem do reconhecimento da importância do porto”, realçou António Mendonça, no seu discurso. Os números reforçaram as suas afirmações: no ano passado, a infraestrutura registou o maior crescimento relativo nacional, confirmando a tendência de crescimento dos últimos anos. Subsequentemente, contribui para o desenvolvimento do concelho e da região e para o aumento das exportações.

Terminais de mercadorias na margem sul

Falando com responsáveis da Celbi e da Soporcel, com o presidente da autarquia, João Ataíde, e com Luís Cacho, administrador dos portos da Figueira da Foz e de Aveiro, António Mendonça recebeu bem a eventual construção de terminais de mercadorias na margem sul da foz do Mondego.

De resto, desde sempre que as papeleiras afirmam que o porto se encontra no lado errado do rio.

No discurso, o autarca figueirense reiterava o desiderato local, apresentando-o como repto para o ministro. Aquele assunto deverá, aliás, fazer parte da agenda do Congresso Export, onde o Governo vai, em breve, debater as exportações através dos portos nacionais. Entretanto, o prolongamento do molhe norte facilitou o acesso à barra e estabilizou a navegabilidade no interior do porto, contribuindo, por outro lado, para reforçar a aposta, nacional e local, na economia do mar.

Luís Cacho sublinhou os investimentos realizados na zona portuária. “O porto da Figueira da Foz, que os pessimistas de serviço já viam com certidão de óbito passada, está, afinal, pujante, de boa saúde e, agora, com estes avultados investimentos, mais preparado para enfrentar os desafios que se avizinham”, enfatizou.