Metro leva Mário Ruivo a Lisboa

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O líder distrital do PS é recebido hoje, em Lisboa, pelo secretário de Estado dos Transportes. Em causa o imbróglio do metro. Até final da semana, vai também reunir-se com José Sócrates. Desta vez, a política, em geral, vai ser a tónica.

Ao DIÁRIO AS BEIRAS, Mário Ruivo confirma apenas o encontro de hoje com Correia da Fonseca. A este, Ruivo vai voltar a exigir que dê uma explicação sobre o que está a passar-se e que apresente, rapidamente, a solução com que se comprometeu, na reunião com socialistas dos concelhos de Coimbra, Lousã e Miranda.

Para Mário Ruivo, nenhum argumento de natureza técnica e/ou financeira pode sobrepor-se à “exigência política” de o Estado assumir a responsabilidade, no quadro da empresa Metro Mondego – em que as três autarquias detêm posições societárias efetivas.

Ou metro ou outra solução… mas em ferrovia

De Correia da Fonseca, então, o responsável partidário distrital quer ouvir uma de duas coisas: ou o Governo aceita a continuidade do metropolitano ligeiro de superfície, entre Serpins e Coimbra, ou tem de apresentar a alternativa que quer. “Mas que seja, sempre, uma solução ferroviário que não passe, obviamente, por essa coisa sem sentido que é a reposição da linha anterior”.

De uma coisa Mário Ruivo não abdica: da paternidade socialista do projeto metro. “Nós, no PS, temos de assumir que fomos nós que nos batemos para avançar e que fomos nós que iniciámos a obra”, afirma Mário Ruivo, sublinhando: “outros, pelo contrário, nunca quiseram o metro e, no caso do dr. Carlos Encarnação, que até veio agora invocar o metro para sair, nunca o vi mpenhado, a não ser para fazer incluir a obra de reabilitação urbana – que vale cerca de 20 por cento do orçamento global”.

Sobre rodas, agora, já não tem sentido

Noutro plano, o presidente da Federação Distrital do PS sabe que há movimentações diversas, por parte da tutela, com o beneplácito de empresas como a Refer, no sentido de “demonstrar” que a solução BRT (carruagens sobre rodas) é a melhor. “Não é, e muito menos tem qualquer sentido escolher esta ou aquela sem o apoio das câmaras”, diz.

Mário Ruivo admite, entretanto, que o veículo utilizado na solução “metro by bus” não é tão mau como o pintam. “O que sei é que a circulação em túneis e pontes é perfeitamente possível”, refere, acentuando: “para além disso, pela sua mobilidade e flexibilidade, pode sempre derivar para circuitos alternativos, quando necessário, tornando o serviço mais abrangente”.

Tudo isto, porém, apenas teria sentido ser discutido “em tempo e nunca agora”, adverte Ruivo. É que, depois de toda a agitação social, provocada pela suspensão das empreitadas e pelas notícias sobre a situação da empresa Metro Mondego, é uma “insensatez política estar a misturar autocarros com comboios”.

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